Crise do coronavírus impulsiona aplicativos de entregas no Brasil
Alguns dos principais aplicativos já conseguiram mensurar o crescimento dos pedidos
A demanda por entregas vêm crescendo em meio à epidemia do novo coronavírus, que levou escolas a suspenderem aulas e empresas a adotarem trabalho remoto para evitar o contágio de funcionários no Brasil e em outros países.
A startup colombiana Rappi, que entrou no Brasil em 2017 e atualmente opera em 60 cidades, calcula aumento de cerca de 30% no número de pedidos em toda a América Latina nos dois primeiros meses de 2020 antes os dois últimos de 2019, com destaque para as categorias de farmácia, restaurantes e supermercados.
“As pessoas se sentem mais seguras fazendo um pedido via Rappi e evitando concentrações massivas”, informou a Rappi em comunicado à imprensa. Apenas na categoria de farmácia, os pedidos teriam crescido aproximadamente 28% desde o início da epidemia em meados de fevereiro.
Já o aplicativo iFood, controlado pela brasileira Movile, disse em nota que ainda é cedo para dimensionar o impacto do surto de coronavírus nas operações. “O iFood possui flexibilidade para ajustar rapidamente suas operações de acordo com as necessidades do mercado, e está em constante contato com as autoridades, inclusive sobre este tema”, afirmou.
A Uber EATS, divisão de entregas de comida da gigante norte-americana Uber Technologies, também não quis fornecer números sobre o ritmo de pedidos nas cidades brasileiras em que opera, mas ressaltou que está “monitorando ativamente a situação do coronavírus.”
Enquanto isso, medidas preventivas estão sendo implementadas para proteger entregadores e consumidores. O iFood, por exemplo, criou fundo de 1 milhão de reais para os colaboradores em quarentena, além de iniciar testes de entregas sem contato.
A Uber EATS prestará assistência financeira por até 14 dias aos motoristas ou entregadores parceiros diagnosticados com coronavírus ou que tiverem quarentena decretada por autoridades de saúde.