Banida em 2019, empresa de brinquedos sexuais retorna a feira tech nos EUA
Na última edição da tradicional CES, a fabricante americana Lora DiCarlo foi impedida de expor um consolo por ser considerado "profano"
Um ano depois de ser expulsa da tradicional feira de tecnologia CES, realizada anualmente em Las Vegas (EUA), a fabricante Lora DiCarlo está de volta com um estande, divulgando dois novos brinquedos sexuais. Onda e Baci são as novidades robóticas da empresa, e sucedem o polêmico Osé, banido em 2019 do mesmo evento.
Na edição anterior, a CES concedeu, de início, seu principal prêmio de inovação à Lora DiCarlo. Entre os atributos premiados do vibrador inovador está o fato de ele ser o primeiro aparelho autônomo do tipo. Seu uso não requer o movimento das mãos, é capaz de imitar todas as sensações da boca humana, da língua e dos dedos. O produto até se ajusta à fisiologia corporal única de cada uma das clientes, para atingir todos os pontos precisos.
No entanto, pouco depois, a organizadora da CES retirou a condecoração do Osé com a justificativa de se tratava de um produto “imoral, obsceno, indecente e profano” e proibiu até mesmo sua exposição durante a feira. Contudo, em maio de 2019, a operadora da feira, a Consumer Technology Association, voltou atrás e disse que revisou suas políticas internas para lidar com tecnologias de uso íntimo. Em declaração oficial, afirmou então que “não lidou com o prêmio corretamente”.
Além de seus novos massageadores, Lora DiCarlo também anuncia números de vendas em torno do Osé. O consolo ficou disponível para pré-encomenda no final de novembro de 2019 e a empresa diz que faturou mais de 3 milhões de dólares em vendas antes do final do ano passado, com cerca de 10 mil unidades comercializadas.
O Onda e o Baci estão planejados para serem lançados em março. São versões que separam as funções do Osé, basicamente dividindo o produto em dois: o Onda, um “massageador do ponto G”, e o Baci, um “estimulador do clitóris”.