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Você não emagrece nem com dieta? A culpa pode ser das bactérias

De acordo com um novo estudo, as bactérias do intestino representam um papel fundamental na perda de peso – e elas podem variar de pessoa para pessoa

Por Da Redação
18 set 2017, 18h38

Para uma dieta funcionar de verdade, segundo um novo estudo publicado no periódico científico The International Journal of Obesity, ela pode depender da quantidade de bactérias que habitam seu intestino.

O estudo

Depois de analisarem amostras de fezes de 62 pessoas acima do peso, pesquisadores do departamento de nutrição da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, descobriram que aqueles que seguiram uma dieta rica em fibras, integrais, frutas e verduras, e baixa em gorduras, durante seis meses e que tiveram uma taxa alta de bactérias do gênero Prevotella e Bacteroides, que costumam compor a flora intestinal, perderam, em média, cerca de 5 quilogramas de gordura – 1,5 quilograma mais dos que seguiram a dieta mas mostraram taxas menores das bactérias nas amostras.

Enquanto isso, aqueles que continuaram na dieta habitual, mas que indicaram altas quantidades das bactérias nos exames perderam 1,8 quilograma em comparação aos 2,5 quilogramas dos que tiveram uma proporção baixa, o que, para os cientistas, não é uma diferença estatisticamente significativa.

Papel das bactérias

Para os pesquisadores, o recente achado reforça a ideia de que as dietas devem ser personalizadas e o que funciona para uma pessoa não necessariamente funcionará para outra. “Os resultados demonstram que certas espécies de bactérias desempenham um papel decisivo na perda de peso“, Arne Astrup, líder da equipe de pesquisa. “Agora, podemos explicar por que nem sempre uma dieta, mesmo seguida à risca, emagrece. A bactéria intestinal é uma parte importante dessa resposta.”

De acordo com Mads Hjort, coautor do estudo, perder gordura em vez de massa muscular é um sinal significativo de um emagrecimento saudável. Porém, essa questão continua sendo apenas científica – ainda não existem métodos práticos de avaliar o microbioma intestinal de cada indivíduo e seus benefícios. “Em um futuro próximo, isso pode ser uma possibilidade.”

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