O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira que a vacina contra a febre amarela passa a ser recomendada para todo o Brasil. Com isso, a campanha de vacinação será ampliada por todo o país nos próximos meses. A vacinação vai ocorrer de forma progressiva, conforme cronograma divulgado pela pasta. A previsão é de que, até abril de 2019, cerca de 1.586 municípios estejam incluídos como áreas de recomendação de vacina — atingindo 100% do território nacional.
“Estamos agindo antecipadamente ao estabelecer um cronograma para vacinar toda a população brasileira. É uma ação de prevenção, não de emergência”, afirmou o ministro Ricardo Barros. “Vamos fazer por precaução, pois a melhor forma de evitar a doença é vacinando a população.”
Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia vão continuar seguindo a campanha com a dose fracionada. “Para estes estados serão enviadas novas seringas conforme a programação de cada um”, afirmou o ministro da Saúde Ricardo Barros.
Seguindo o calendário do Ministério da Saúde, a partir de julho deste ano, os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul vão adotar a vacinação em todos os municípios. Em janeiro de 2019, tem início a campanha nos estados do Nordeste. Essas duas regiões vão receber a dose padrão da vacina.
A iniciativa de recomendação da vacina para todo o Brasil partiu do governo federal, que obteve aval da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com essa medida preventiva, o Ministério da Saúde espera vacinar 77,5 milhões de brasileiros em todo o país.
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Produção da Vacina
Para atender à nova demanda, o Ministério da Saúde solicitou ao laboratório produtor da vacina de febre amarela, Bio-Manguinhos/Fiocruz, um aumento de doses para a rotina de vacinação de 2019. A ampliação não vai alterar o número de doses previstas para este ano, que é de 49 milhões. Desde janeiro de 2017, até agora, foram enviadas 68,9 milhões de doses da vacina para todos os estados, sendo 23,8 milhões em 2018 e 45,1 milhões em 2017.
A parceria entre o Instituto Biomanguinhos/Fiocruz, o maior produtor da vacina de febre amarela do mundo, com o laboratório Libbs Farmacêutica, em São Paulo, pretende ampliar o escopo de produção da vacina de febre amarela. A expectativa é de que o laboratório passe a fornecer vacinas ao Ministério da Saúde a partir do segundo semestre deste ano.
Casos da doença
Entre 1º de julho de 2017 e 13 de março de 2018, foram confirmados 920 casos de febre amarela no país, com 300 mortes registradas. Ao todo, 3.483 casos foram notificados, dos quais 1.794 já foram descartados e 769 permanecem em investigação. Já no ano passado, no período de julho de 2016 a 13 de março de 2017, eram 610 casos confirmados e 196 óbitos confirmados. .
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Restrições à vacina
Só não deve tomar a vacina quem fizer parte do grupo de risco, que inclui gestantes e mulheres em período de amamentação, bebês com menos de nove meses, idosos acima de 60 anos – sem autorização médica -, indivíduos alérgicos a algum componente da vacina (como o ovo, por exemplo), pessoas com doenças autoimunes e pacientes em terapias imunossupressoras, como quimioterapia.
Para esses grupos a orientação é se proteger da picada do mosquito com o uso de camisas e calças, além de mosquiteiros e repelentes.