Vacina de Oxford: voluntária teve sintoma neurológico grave
A mulher teve sintomas consistentes com uma doença espinhal inflamatória rara; ela deve receber alta ainda hoje, segundo CEO da Astrazeneca
A participante que motivou a suspensão dos estudos mundiais da vacina de Oxford deve receber alta hospitalar nesta quarta-feira, 9, de acordo com Pascal Soriot, CEO da Astrazeneca. Ela apresentou “evento adverso grave”. Segundo informações do Stat, Soriot deu essa declaração durante uma conferência privada realizada nesta manhã com investidores.
Trata-se de uma mulher, que mora no Reino Unido, e apresentou “sintomas neurológicos consistentes”, com uma doença espinhal inflamatória chamada mielite transversa. A doença é rara, mas extremamente séria. Segundo Soriot, o diagnóstico ainda não foi confirmado, mas a participante está já se recuperou e deve ser liberada em breve.
Ainda não se sabe se o evento foi desencadeado pela vacina, mas o comitê independente encarregado de revisar os dados de segurança do estudo confirmou que a voluntária recebeu a vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade Oxford em parceria com a AstraZeneca e não a vacina quádrupla de meningite, usada como controle no lugar de um placebo.
Segundo fontes ouvidas pelo Stat, no evento, Soriot também confirmou que o ensaio clínico foi interrompido anteriormente, em julho, depois que um participante apresentou sintomas neurológicos. Após um exame mais aprofundado, o voluntário foi diagnosticado com esclerose múltipla e concluiu-se que o evento não estava associado à vacina.