Três formas que as baixas temperaturas afetam a saúde – e como se proteger

Entre meados do outono e o fim do inverno, as massas de ar frio e polar se tornam mais frequentes em boa parte do país, despertando preocupações com a saúde. VEJA levantou os principais efeitos das baixas temperaturas no corpo – e os cuidados a serem tomados.

Sistema respiratório

Os efeitos mais comuns do frio são sobre o sistema respiratório, tanto pelos efeitos do ar gelado, quanto pela maior exposição a microrganismos afeitos a provocar gripes e resfriados.

Nessa época, a baixa umidade e o vento frio causam irritação às vias respiratórias, aumentando consideravelmente o risco de alergias e broncoespasmo, o que pode ser um gatilho para crises asmáticas.

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Por outro lado, as baixas temperaturas aumentam a sobrevida dos vírus, o que é combinado com a maior tendência a aglomeração e permanência em locais fechados para aumentar as gripes e os resfriados causados por influenza, rinovírus e vírus sincicial respiratório (VSR), principal responsável pela bronquiolite em crianças.

Pele

Assim como podem irritar o sistema respiratório, o frio e a baixa umidade também afetam a pele, promovendo desidratação – o que pode ser potencializado pelos banhos longos e quentes.

Esse ambiente pode afetar todos os indivíduos, mas é especialmente preocupante para pessoas com inflamações cutâneas, como dermatite, que ficam mais propensas ao desencadeamento de crises.

Sistema cardiovascular

O frio costuma provocar a contração dos vasos sanguíneos, uma adaptação evolutiva que ajuda o corpo a não perder calor para o ambiente, mantendo a temperatura ideal para o funcionamento dos órgãos. O problema é que esse processo também causa um aumento da pressão arterial.

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Em pessoas saudáveis esse não é um problema, mas o aumento da pressão pode ser crítico em pessoas com problemas cardiovasculares, como hipertensão. Não por acaso, nessa época são mais comuns, nos hospitais, os casos de doença coronariana, infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Como evitar problemas no tempo frio

Apesar dos efeitos muitas vezes difíceis de controlar, uma rotina de cuidados com a saúde podem aumentar a resiliência do corpo, barrando o desenvolvimento ou o agravamento de doenças. A seguir alguns cuidados essenciais nesse período do ano:

• Fique de olho na carteira de vacinação: apesar do aumento da circulação de vírus, manter a vacinação contra influenza e covid-19 em dia pode ajudar a evitar novas infecções; crianças com comorbidades também podem ser imunizadas contra o VSR;
• Não abandone as atividades físicas: embora seja mais difícil se exercitar no frio, manter a rotina de musculação e atividades aeróbicas pode ajudar na manutenção da temperatura corporal, da saúde cardiovascular e do sistema imunológico, aumentando a resistência corporal;
• Cuidado com o banho: banhos muito quentes e longos podem remover as barreiras protetoras da pele, aumentando a propensão a irritações; se secar bem após a higienização e manter o uso de hidratantes pode ajudar e evitar crises inflamatórias e descamação;
• Mantenha os ambientes arejados: manter os espaços bem ventilados e evitar aglomerações é a principal forma de se afastar do contato com microrganismos que causam as doenças do inverno;
• Se hidrate: não deixar de beber água e de se alimentar é ideal para ajudar o corpo a combater infecções, além de serem aliados da saúde cardiovascular e dermatológica.

Além desses cuidados básicos, manter o corpo sempre aquecido e utilizar umidificadores de ambiente ou higienizadores nasais também podem ser aliados nos dias muito secos.

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