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Tatuagem: 1 em cada 5 pessoas pega infecção após procedimento

Alguns estúdios não fazem a higienização adequada da pele e do material antes do procedimento, o que coloca em risco à saúde dos clientes

Por Redação
Atualizado em 24 jun 2019, 14h06 - Publicado em 14 jun 2019, 16h09

Fazer uma tatuagem é o desejo de muitas pessoas. Colocar piercing também. No entanto, os dois procedimentos podem trazer riscos à saúde: uma em cada cinco pessoas que faz tatuagem ou coloca piercing pegam alguma infecção, como hepatite e sífilis, depois de fazê-los. Além disso, sintomas como inchaço e queimação são frequentes.

O relatório, publicado pela Sociedade Real de Saúde Pública do Reino Unido (RSPCH, na sigla em inglês) ainda alertou que clínicas de acupuntura e estética oferecem riscos semelhantes.  Para a entidade, a ameaça à saúde existe porque muitos estabelecimentos não têm treinamento profissional para oferecer os serviços com segurança, além de não realizarem a higienização adequada dos materiais.

Segundo o documento, esse é um dos motivos pelos quais um adolescente britânico precisou remover parte da orelha depois de colocar um piercing que infectou logo em seguida. “A popularidade crescente de tatuagens, piercings e procedimentos cosméticos é parte integrante das pessoas que escolhem expressar sua identidade individual. No entanto, a legislação e regulamentação desses serviços não é adequada. Isso é preocupante porque as pessoas correm risco real de septicemia [infecção generalizada] e outras complicações”, alertou Shirley Cramer, da RSPH, ao The Telegraph

Por causa disso, os especialistas pedem maior vigilância sobre os estabelecimentos para que sejam abertos apenas  por indivíduos qualificados capazes de explicar aos clientes os riscos envolvidos em realizar os procedimentos. 

Risco de infecção

O relatório apontou que cerca de 18% das pessoas que fizeram tatuagem, perfurações cosméticas, acupuntura ou eletrólise depilatória nos últimos cinco anos apresentaram efeitos colaterais. Enquanto isso, uma em cada 10 podem ter problemas que necessitam de atendimento médico, incluindo infecções, como hepatite, tuberculose, sífilis e HIV, que podem ser provocadas por microrganismos que vivem na pele e entram na corrente sanguínea quando o equipamento perfura o corpo ou por meio de agulhas sem higienização adequada. 

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Os especialistas ainda destacaram que a compra de equipamentos para oferecer esses serviços são facilitadas, podendo ser feita até mesmo pela internet, o que permite o acesso mesmo por quem não tem treinamento ou as qualificações necessárias. Diante disso, a instituição autora do relatório orienta os fornecedores a venderem materiais somente para aqueles que fornecem provas de que tem licença para atuar na área. 

“Fazer uma tatuagem ou piercing pode parecer legal, mas acabar com hepatite ou septicemia certamente não é. Todas as organizações envolvidas precisam levar a sério suas responsabilidades, especialmente quando se trata de jovens. As exigências precisam ser mais altas”, disse Stephen Powis, do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, à BBC

Recomendações

O documento da Sociedade Real de Saúde Pública do Reino Unido ainda fez algumas recomendações importantes para garantir a segurança dos procedimentos e evitar riscos de saúde, entre elas:

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1. Procedimento cosméticos, como eletrólise depilatória e preenchimentos dérmicos, devem ser ilegais para menores de 18 anos;

2. Quaisquer infecções associadas aos procedimentos citados devem ser relatados a equipes de proteção de saúde. No Brasil, as denúncias podem ser feitas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);

3. Equipamentos para tatuagem e piercing só devem ser vendidos para licenciados e/ou registrados; e

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4. Criar legislações que incluam a regulamentação desses procedimentos.

    Para os clientes, a orientação é buscar estabelecimentos de confiança e com alvará de funcionamento. Assim, é possível garantir a qualidade do serviço e evitar riscos à saúde.

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