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Surto de vírus respiratório se espalha pela China. Você deve se preocupar?

Metapneumovírus humano, ou HMPV, é um patógeno conhecido e autoridades negam superlotação dos hospitais

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 jan 2025, 15h06 - Publicado em 7 jan 2025, 09h00

Na última semana, autoridades chinesas notaram um aumento de infecções respiratórias causadas pelo metapneumovírus humano, ou HMPV. A notícia gerou alarde, por medo de uma nova pandemia, como a da Covid-19, mas especialistas já alertaram que ainda não há com que se preocupar. 

Os casos têm ocorrido especialmente com crianças e adolescentes, de acordo com a imprensa local, e, por isso, a autoridade sanitária do país pediu que a população tome precauções, alertando para um aumento dos casos agudos de infecções respiratórias. Apesar disso, negaram os boatos de que os hospitais estejam sobrecarregados, afirmaram que o vírus está se espalhando menos do que no mesmo período do ano anterior e afastaram a possibilidade de um surto como o da Covid-19. 

O HMPV pode causar uma nova pandemia?

O metapneumovírus humano não é um patógeno novo. Ele foi descoberto em 2001, na Holanda, mas já naquele momento os pesquisadores perceberam que se tratava de um vírus que circulava há décadas entre a população. “O HMPV é comumente encontrado durante o inverno e está associado às infecções respiratórias, inclusive aqui no Brasil”, explica Helena Lage Ferreira, docente-pesquisadora da Universidade de São Paulo e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV).

De fato esse é um patógeno comum e assim como o SARS-CoV-2, o vírus sincicial respiratório, o adenovírus e o rotavírus, ele circula sazonalmente causando os sintomas de gripes e resfriados. Justamente por esse motivo é pouco provável que ele cause um grande surto, já que grande parte da população tem alguma imunidade, o que diminui consideravelmente as taxas de transmissão. 

Isso não elimina, contudo, a necessidade de vigilância. “Até o momento, não há indicativo de que houve alguma mudança no HMPV que está circulando, mas isso segue sendo monitorado pelas autoridades de saúde”, afirma Mellanie Fontes-Dutra, biomédica e docente da Escola de Saúde Unisinos. “É preciso seguir acompanhando e, de igual forma, promovendo a contenção e a mitigação dos casos para evitar o risco.”

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Como se proteger do HMPV e dos vírus respiratórios?

O HMPV costuma causar sintomas gripais leves e moderados como tosse, febre e congestão nasal, mas em crianças, idosos e pessoas imunossuprimidas as consequências podem ser mais graves, levando a bronquite e pneumonia. 

A transmissão ocorre como qualquer outro vírus respiratório, por meio do contato com gotículas produzidas por tosses e espirros ou pelo contato próximo com pessoas infectadas.  Justamente por isso as medidas que se disseminaram durante os últimos anos são essenciais para evitar a transmissão desses patógenos:

  • Higienizar sempre as mãos com água e sabão ou álcool gel
  • Evitar tocar na boca, nariz ou olhos
  • Evitar ambientes de aglomeração
  • Manter os ambientes ventilados 
  • Usar máscara se tiver sintomas gripais
  • Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar
  • Evitar contato com indivíduos infectados
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Por enquanto ainda não há vacina contra o HMPV, assim como para muitos vírus respiratórios, mas os especialistas alertam ser importante manter em dia a imunização contra gripe sazonal e SARS-CoV-2. “Estas vacinas poderão ajudar a prevenir infecções, especificamente dos patógenos que circulam junto com outros vírus respiratórios”, explica Ferreira. 

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