Quatro doenças infecciosas para as quais não existe vacina
A hepatite C mata 400.000 pessoas no planeta; é a mais letal entre as formas virais da doença
Malária
Com 194 000 casos registrados no Brasil e 219 milhões no mundo em 2017, a malária mata cerca de 450 000 pessoas por ano. A doença, que provoca febre e, nos episódios mais graves, hemorragia, é transmitida pela picada de um mosquito infectado por um parasita. O número de ocorrências, que vinha em queda no país, subiu 50% no ano passado
Sífilis
A doença, que tem cura há mais de cinquenta anos, voltou a se espalhar pelo país. Em 2016, foram registrados 87 000 casos, contra cerca de 1 200 em 2010. No mundo, 5,6 milhões de pessoas se infectam por ano. A transmissão se dá pelo contato sexual e durante a gravidez, o que pode provocar sequelas neurológicas e ortopédicas graves nas crianças contaminadas pelas mães
Hepatite C
Provocada por um vírus que causa a inflamação crônica do fígado, a doença é a mais letal entre as hepatites virais. Mata 400 000 pessoas por ano no planeta. Só em 2017, o Brasil registrou 24 000 casos da doença. Estima-se que 71 milhões de pessoas estejam infectadas no mundo, 700 000 delas no Brasil. Na fase mais aguda da doença, o único tratamento possível é o transplante
Hanseníase
Também conhecida como lepra, a doença é causada por uma bactéria e transmitida pelo ar. Em 2016, 25 000 novos casos de hanseníase foram registrados no país, o que deixa o Brasil no segundo lugar em incidência da doença no mundo, atrás apenas da Índia. A hanseníase tem cura, mas pode provocar manchas e deformidades no corpo
Publicado em VEJA de 5 de dezembro de 2018, edição nº 2611