Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Quando o lúpus, a doença de Selena Gomez, leva ao transplante?

É raro, mas a forma mais grave da doença pode atacar o órgão. O procedimento requer cuidados

Por Marina Felix Atualizado em 14 set 2017, 18h36 - Publicado em 14 set 2017, 18h21

Nesta quinta-feira, a cantora americana Selena Gomez revelou ter passado por transplante de rim por causa do lúpus, doença autoimune que a acometeu há um ano. O problema é causado por um desequilíbrio do sistema imunológico, que ataca as próprias células e tecidos saudáveis do organismo levando a dores nas articulações, inflamações na pele e, em situações mais graves, chamado de lúpus sistêmico, provoca inflamações em outros órgãos.

No caso de Selena, o lúpus atingiu um dos rins. O órgão é de fato o afetado — cerca de 50% dos acometidos pelo lúpus sistêmico, forma mais grave da doença – diferente da discoide, que afeta apenas a pele.

Doença sistêmica

Segundo George Christopoulos, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, a necessidade de transplante é muito rara. A perda da função renal ocorre quando o lúpus está bastante evoluído, comprometendo o órgão. Com um tratamento precoce, com corticoides e imunossupressores, que reduzem a agressão do sistema imune, esses danos mais profundos podem ser evitados na maioria das vezes.

“A maioria dos pacientes são muito bem controlados com os medicamentos disponíveis hoje. O caso de Selena é muito raro, principalmente por ela ser jovem”, explicou o médico. O lúpus pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em mulheres, pessoas entre 20 e 45 anos, mestiços e negros. Fatores genéticos e ambientais, como a exposição solar e infecções, podem estar relacionados ao surgimento, mas as causas ainda são desconhecidas.

Os sintomas do lúpus são diversos e podem variar conforme a intensidade da doença. Geralmente, o paciente apresenta manchas avermelhadas na pele, o que representa 80% dos casos, principalmente nas maçãs do rosto e no dorso do nariz, em formato de borboleta – além de sensibilidade à luz solar. A pessoa também pode sentir cansaço, perda de apetite, dores nas articulações e no peito, devido a inflamações nos tecidos que envolvem o pulmão e o coração.

Continua após a publicidade

Os rins

Já em relação a forma sistêmica da doença, apesar de rara, é preciso avaliar caso a caso, de acordo com a intensidade do problema. Com a insuficiência renal pode haver a necessidade de hemodiálise – procedimento que substituiu a filtração do sangue, pode durar até quatro horas e deve ser feita de três a quatro vezes por semana.

A hemodiálise traz uma série de inconveniências e limitações na rotina do paciente – fato que pode ter feito Selena optar pelo transplante. No entanto, de acordo com o médico, essa abordagem é extremamente incomum. Mesmo a cirurgia, recomendada apenas em casos de perda completa da função renal, é bastante rara. “Um transplante sempre é um procedimento de risco”, disse Christopoulos. “Se a pessoa não cuidar do pós-cirúrgico de maneira adequada, pode haver problemas renais mesmo controlando o lúpus.”

Riscos da doença

Além dos danos causados pelo próprio sistema imune, o paciente pode desenvolver alterações neurológicas, cardíacas e pulmonares. Dependendo do caso, trombose e outras complicações da circulação sanguínea também podem ocorrer. “Tudo depende da gravidade da situação. Se a pessoa for diagnosticada cedo e receber o tratamento correto, ela conseguirá levar uma vida saudável.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.