Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Ozempic: depois de agências, OMS alerta sobre falsificações

Em escassez por alta procura, remédio para diabetes e obesidade virou alvo de versões adulteradas; medicamento deve ser indicado por médico

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 17h36 - Publicado em 1 fev 2024, 10h56

Medicamento em alta procura, o Ozempic e demais remédios da mesma classe viraram alvo de falsificadores que querem aproveitar o sucesso do remédio entre pessoas que querem perder peso, apesar da indicação para pacientes com diabetes tipo 2 e obesidade. Após alertas de agências reguladoras, inclusive no Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um comunicado sobre os riscos de aquisição das versões adulteradas, que podem ser produtos contaminados.

“Sabe-se que os produtos médicos falsificados não têm eficácia e/ou causam reações tóxicas. Não são aprovados nem controlados pelas autoridades competentes e podem ter sido produzidos em condições pouco higiênicas por pessoal não qualificado, conter impurezas desconhecidas e podem estar contaminados com bactérias”, informou, em nota.

Segundo a OMS, desde setembro de 2021, há registros de moléculas consideradas em falta no universo dos medicamentos e a escassez em dois ou mais países teve alta de 101%. “Esta escassez é uma força motriz reconhecida de medicamentos falsificados ou de qualidade inferior e acarreta o risco de muitos procurarem obter medicamentos através de meios não oficiais, como a internet.”

Sobre os medicamentos indicados para diabetes tipo 2 e obesidade, como Ozempic, Wegovy (semaglutida) e Mounjaro (tirzepatida), houve desabastecimento em algum nível de forma global e aumento da circulação de versões adulteradas com divulgação nas redes sociais.

Em nota, a farmacêutica Novo Nordisk informou que o Ozempic não foi aprovado em nenhum lugar do mundo para o tratamento de obesidade, mas para diabetes tipo 2. A apresentação do medicamento em 1 mg está com disponibilidade intermitente neste primeiro semestre, por causa da alta demanda, mas as apresentações 0,25 mg e 0,5 mg já foram normalizadas em setembro do ano passado.

Continua após a publicidade

Ozempic falso no Brasil e em outros países

No fim do ano passado, a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana, emitiu comunicado sobre o recolhimento de milhares de unidades falsas do remédio da farmacêutica Novo Nordisk. O órgão constatou que até as agulhas tinham sido adulteradas, algo que compromete ainda mais a segurança das canetas de semaglutida.

“Isso apresenta um risco aumentado de infecção em pacientes que fizerem uso dos produtos falsificados”, disse a agência.

Na ocasião, a FDA relatou que cinco episódios de eventos adversos relacionados com o lote falsificado foram identificados e que os pacientes apresentaram enjoos, vômito, diarreia, prisão de ventre e dores abdominais. Não houve relato de casos graves e os sintomas são semelhantes aos efeitos colaterais da medicação verdadeira.

Continua após a publicidade

Em outubro do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi notificada pela Novo Nordisk sobre a circulação no Brasil de um lote falsificado do Ozempic. Em resolução publicada no Diário Oficial da União (DOU), a agência divulgou que a farmacêutica informou que não reconhecia o lote LP6F832 como original, o que configura a falsificação. Casos de produtos irregulares já foram relatados no Reino Unido e países da Europa.

Segundo a Anvisa, outro episódio tinha sido notificado no mês de junho, com o lote MP5C960, também informado pela farmacêutica. Em ambos os casos, a agência determinou a suspensão de comercialização do produto.

“Até o momento não foram detectados casos de novos lotes falsificados em 2024, somente os previamente reportados”, informou a Novo Nordisk.

Continua após a publicidade

Popularizado por celebridades, que divulgaram erroneamente o medicamento como emagrecedor, lotes falsos do Ozempic foram encontrados na Europa. Também em outubro de 2023, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) emitiu alerta sobre a existência de versões adulteradas das canetas de semaglutida 1 mg com rótulos em alemão e provenientes da Áustria e da Alemanha.

Na Áustria, o produto irregular causou graves problemas para os pacientes. A autoridade sanitária austríaca informou que recebeu relatos de pessoas que foram hospitalizadas por terem apresentado convulsão e hipoglicemia após o uso. “É uma indicação de que o produto continha falsamente insulina em vez do ingrediente ativo semaglutida.”

arte Ozempic
(./.)
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.