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Prorrogamos a Black: VEJA com preço absurdo

O novo fator que envelhece o corpo tanto quanto beber e fumar – e a que todos estamos expostos

Estudo constata que exposição a ondas de calor, fenômeno mais corriqueiro com as mudanças climáticas, é capaz de alterar nossa idade biológica

Por Diogo Sponchiato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 set 2025, 16h57 • Atualizado em 2 set 2025, 19h13
  • A lista de problemas a se colocar na conta do aquecimento global não para de crescer. O último deles: a exposição ao calor extremo, algo mais comum nas últimas décadas, pode acelerar o envelhecimento humano.

    A conclusão vem de um grupo de pesquisadores que examinou dados de saúde de quase 25 mil pessoas em Taiwan entre os anos de 2008 e 2022. Nesse período, os moradores da ilha asiática enfrentaram ao menos 30 ondas de calor.

    O que os especialistas fizeram foi investigar a associação das janelas de alta temperatura com o resultado de exames e marcadores de saúde da população acompanhada. A análise indica uma clara ligação entre uma coisa e outra. Ou seja, o calor estressa o organismo e impacta a idade biológica – aquela que espelha o funcionamento do corpo, não o número de velinhas sopradas nos aniversários.

    Na pesquisa, publicada na revista científica Nature Climate Change, os autores se debruçaram sobre a correlação entre os eventos climáticos extremos e dados fornecidos por exames diversos que mensuram pressão arterial, inflamação, função pulmonar, densidade óssea e capacidade cognitiva, por exemplo. E descobriram que o impacto do calor nesses parâmetros fisiológicos é tão prejudicial à saúde quanto fumar ou consumir bebida alcoólica. 

    Os responsáveis pelo trabalho, que reuniu as universidades de Hong Kong e Harvard, pontuaram que a exposição a dois anos de ondas de calor implicava em 8 a 12 dias a mais na idade biológica dos voluntários monitorados. Parece pouco, mas representaria repercussões potencialmente graves, ainda mais se levarmos em conta que o conjunto de alterações detectadas está associada à maior propensão a desenvolver doenças crônicas como problemas cardiovasculares, diabetes e demência.

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    Idosos demandam mais cuidados

    A geriatra Maísa Kairalla, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, considera que é cada vez mais importante entender os impactos das alterações de temperatura não só sobre o envelhecimento como também sobre a vulnerabilidade dos idosos. “Com o avançar da idade, há uma diminuição em nossa capacidade de sustentar o equilíbrio interno frente às ondas de calor”, justifica.

    A médica, vinculada à Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), lembra que os mais velhos sofrem tanto com o declínio desse controle de temperatura interno como tendem a suar menos e a ter menor percepção da sede, um conjunto de fatores que aumenta o risco de desidratação.

    Nesse contexto, a especialista ressalta que o calor extremo conspira a favor de processos fisiológicos capazes de elevar o risco de desfechos graves, principalmente quando já existem comorbidades instaladas. “A inflamação crônica e o desequilíbrio de eletrólitos causado pela desidratação podem ter impactos sérios, comprometendo a pressão arterial e a função renal e aumentando o risco de infarto e acidente vascular cerebral”, explica.

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    “Em última instância, esse eventos ligados ao calor extremo contribuem para internação hospitalar e até redução na expectativa de vida”, afirma Kairalla.

    Por tudo isso, a recomendação da colunista de VEJA SAÚDE é pegar leve nos dias de altas temperaturas, manter a hidratação em dia e procurar roupas e ambientes que permitam maior ventilação e troca com o ambiente.

    São orientações que, tudo leva a crer, teremos que internalizar e adotar com maior frequência à medida que convivermos com o aquecimento global.

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