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Os 5 principais erros de quem toma creatina

Apesar da popularidade, mitos a respeito do suplemento podem atrapalhar eficácia e levar a problemas de saúde

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 abr 2025, 15h00 • Atualizado em 30 abr 2025, 21h48
  • A creatina é, sem dúvidas, o suplemento esportivo mais popular, tanto entre praticantes, quanto entre especialistas. A popularização, contudo, levou a uma onda de mitos – que podem, inclusive, causar problemas à saúde. 

    A popularidade não vem sem motivos: além de ser segura, décadas de estudos científicos comprovaram exaustivamente sua eficácia – embora o efeito seja muito menor do que os praticantes de atividades físicas costumam esperar. 

    O que é a creatina?

    A creatina é um composto produzido nos rins e no fígado e atua nos músculos para facilitar a reciclagem de uma molécula envolvida no gasto de energia. De maneira resumida, ela é responsável por garantir que o corpo conseguirá utilizar a energia advinda dos alimentos para realizar o próximo movimento.   

    Exatamente por isso sua suplementação é comum entre praticantes de esportes: ao adequar o consumo desse elemento, é possível diminuir a sensação de exaustão muscular e, consequentemente, melhorar o desempenho, facilitando a realização de mais repetições ou a progressão para cargas mais pesadas. 

    Além da produção endógena, esse nutriente também é encontrado em produtos de origem animal, como carnes e peixes. Embora a suplementação possa ser recomendada – em especial para indivíduos que estão com dificuldade em avançar no treino – a deficiência desse nutriente é um fenômeno raro. 

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    Veja abaixo os principais erros cometidos por quem faz a suplementação:

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    1. Tomar apenas nos dias de treino

    Alguns nutrientes, como as proteínas, são especialmente importantes nos dias de treino, ajudando na recuperação muscular. Isso, no entanto, não é verdadeiro para a creatina – quando recomendada por um especialista, ela deve ser consumida todos os dias, até no período de descanso. 

    Isso acontece porque a creatina é uma substância que não tem efeito imediato, mas a longo prazo. Sempre que o indivíduo a consome, ela vai se acumulando nas células musculares. Quando esse acúmulo chega ao nível máximo, seu efeito fica mais pronunciado – mas a ingestão precisa ser mantida para que as concentrações não diminuam. 

    2. Exagerar na dose 

    É comum que as pessoas acreditem que, quando se trata de suplementos, quanto mais, melhor. Mas isso raramente é verdade – no caso da creatina, os exageros não só são inúteis e caros, quanto podem fazer mal para a saúde. 

    Como explicado anteriormente, a creatina é consumida para aumentar a sua quantidade dentro das células. A dose recomendada é mais que suficiente para isso, de modo que todo o excedente é eliminado pelo corpo – se não cabe mais dentro dos músculos, não faz sentido guardar. 

    Os especialistas estimam que um mês consumindo algo entre 3 e 6 gramas diárias é suficiente para atingir as concentrações máximas de creatina nas células musculares, levando aos efeitos desejados. Mais do que isso, repita-se, será eliminado pelo corpo. 

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    Há que recomende a utilização das chamadas doses de ataque – quando o indivíduo pode consumir mais que o recomendado nos primeiros dias, para atingir a saturação muscular mais rapidamente, retornando posteriormente às doses convencionais. Isso, no entanto, é feito por no máximo 10 dias e deve ocorrer com o acompanhamento de um especialista. 

    O consumo exagerado é perigoso e pode levar a problemas como cólicas gastrointestinais, náusea, diarreia, câimbras e desidratação.

    3. Não se hidratar

    Muitas pessoas acreditam que o consumo da creatina pura aumenta sua eficiência, mas isso não é verdade. O consumo com água é ideal para que toda a dose seja ingerida, dificultando acidentes como a aspiração do pó. 

    Além disso, o aumento da concentração dessa substância nos músculos pode puxar água para dentro desses órgãos, diminuindo sua disponibilidade para outras funções do organismo. Portanto, a suplementação exige cuidado com a hidratação. 

    4. Esperar milagres

    É comum que os praticantes de atividades físicas esperem que os suplementos promovam resultados surpreendentes, tornando um leigo em fisiculturista em poucos meses, mas é pouco provável que isso aconteça. 

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    Embora os suplementos possam, sim, ajudar em melhores resultados, a diferença promovida por eles costuma ser pequena – algo diferencial no caso de profissionais e competidores, mas pouco relevantes para a maior parte da população. 

    Estudos científicos apontam um aumento de performance que varia entre 5% e 15%, como evidenciado por uma revisão publicada na revista Nutrients – ou seja, é pouco provável que o suplemento vá ajudar o praticante a dobrar a carga dos exercícios, mas talvez ele consiga facilitar a realização de duas repetições a mais em cada série. 

    5. Usar para otimizar performance em esportes aeróbicos

    A creatina tem efeitos comprovados para exercícios de explosão, como musculação e crossfit. Isso acontece porque ele ajuda a reciclar a energia gastada rapidamente, mas é pouco eficiente em aumentar a resistência. 

    Portanto, a suplementação de creatina não é indicada para melhorar o desempenho de praticantes de esportes como corrida, ciclismo e triatlo – pelo menos não de maneira direta. 

    Extra: acreditar em mitos

    Alem dos erros no momento do consumo, diversos outros mitos rondam esse suplemento. Aqui estão os principais enganos:

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    • Saúde hepática e renal: um dos mitos mais famosos a respeito da creatina é a de que ela pode causar problemas renais, mas até agora, não há nenhuma evidência de que ela tenha efeitos negativos sobre o rim e o fígado de pessoas saudáveis, embora deve ser evitada por pessoas com comprometimentos nesses órgãos;
    • Inchaço: o aumento de creatina nas células musculares pode fazer com que mais água se acumule nos músculos, mas não há evidências de que cause retenção de água em outros órgãos;
    • Câncer: até hoje, não há evidências de que o consumo de creatina tenha qualquer associação com o desenvolvimento de neoplasias;
    • Cafeína: ao contrário do que diz a crença popular, não há evidências robustas de que as doses cotidianas de cafeína possa atrapalhar a ação da creatina;
    • Esteroide: a creatina, ao contrário do que dizem os mitos, não é um esteroide anabolizante e, portanto, não age de maneira semelhante nem induz os mesmos efeitos colaterais que a ingestão de hormônios;
    • Fertilidade e cabelo: não há evidências de que a creatina tenha qualquer efeito sobre a fertilidade masculina ou sobre a queda de cabelo.
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