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Nova estratégia inclui Correios para agilizar entrega do ‘teste do pezinho’

Ministério da Saúde anunciou contrato de R$ 15,2 milhões para reduzir pela metade o tempo de entrega dos resultados

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 jun 2025, 12h00

Antes mesmo de completar uma semana de vida, os bebês devem ser submetidos à triagem neonatal, mais conhecida como “teste do pezinho“, para a detecção precoce de doenças genéticas, imunológicas, metabólicas e até condições raras. Respeitar essa janela é fundamental, por isso, o exame é oferecido em maternidades, casas de parto e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para a realização e rápida entrega dos resultados, essencial para o início do tratamento caso alguma doença seja detectada. Mesmo assim, há gargalos em regiões remotas. Nesta quinta-feira, 26, o Ministério da Saúde anunciou uma nova estratégia para agilizar a entrega dos resultados com a contratação de um órgão com capacidade de chegar em qualquer lugar: os Correios.

Nesta ação, foi firmado um contrato no valor de R$ 15,2 milhões com os Correios para realizar o transporte das amostras em cidades do interior e áreas remotas com a meta de passar a fazer a entrega dos resultados em até cinco dias, a metade do tempo médio atual.

Por meio de uma portaria, foi determinada ainda a centralização dos laboratórios, uma medida para reduzir custos em manutenção dos equipamentos, compra de insumos e realização dos exames.

“Além do aumento nos recursos, estamos anunciando duas novas estratégias: criação de cinco centros macrorregionais de referência, organizados de forma a atender vários estados, garantindo maior escala, rapidez e qualidade nos testes, e a parceria com os Correios para agilizar o envio das amostras”, anunciou em agenda realizada no Instituto Jô Clemente, em São Paulo, o ministro da Saúde Alexandre Padilha. “Com isso, as coletas feitas nos municípios chegarão mais rapidamente aos laboratórios. Isso reduz o tempo de resposta e melhora o atendimento.”

O incremento citado diz respeito ao investimento adicional de R$ 30 milhões para a ampliação do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), que passa a contar com orçamento anual de R$ 130 milhões. Os estados que têm Serviços de Referência em Triagem Neonatal vão receber, juntos, um aporte de R$ 14,9 milhões.

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“Estamos estruturando toda a base necessária para viabilizar a ampliação do teste do pezinho de forma rápida e efetiva. A criação dos centros regionais vai permitir que estados com menor população, que enfrentam maior dificuldade de escala e logística, possam se associar a esses centros, garantindo acesso ao exame com mais qualidade e agilidade”, disse o ministro.

‘Teste do pezinho’

O teste do pezinho é realizado em recém-nascidos — o ideal é entre o segundo e o quinto dia de vida — por meio da coleta de sangue do calcanhar que é analisada por centros de referência para verificar a presença de sete doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e toxoplasmose congênita.

Em 2021, por meio de uma lei, foi estabelecida a ampliação do exame com previsão de inclusão escalonada de novas condições. Em artigo para o blog Letra de Médico, de VEJA, Daniella Neves, gerente de saúde do Instituto Jô Clemente (IJC), referência e pioneiro nas pesquisas e aplicação do teste do pezinho no país, destacou que isso ainda não é uma realidade três anos após a lei ter sido sancionada.

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O teste é um direito das famílias e a melhor forma de fazer o diagnóstico precoce, evitando complicações e a morte dos bebês.

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