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Ministério da Saúde confirma primeiro caso de óbito fetal por Oropouche

Transmissão de mãe para o feto ocorreu em Pernambuco. Outros quatro casos estão em investigação

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 ago 2024, 14h53 - Publicado em 3 ago 2024, 14h35

O Ministério da Saúde (MS) confirmou um caso de óbito fetal causado por transmissão vertical de febre do Oropouche, que acontece quando o vírus é passado da mãe para o filho, durante gestação ou parto. A confirmação foi feita na sexta-feira, 2, no estado de Pernambuco. A  grávida tem 28 anos de idade e estava na 30ª semana de gestação.Ministério da Saúde confirma primeiro caso de óbito fetal por OropoucheMinistério da Saúde confirma primeiro caso de óbito fetal por Oropouche

Além desse caso, oito outros possíveis casos de transmissão vertical estão sendo investigados pela pasta, incluindo quatro óbitos fetais. Na última semana, dois óbitos foram confirmados no país, ambos na Bahia. As vitimas eram mulheres, com menos de 30 anos e sem comorbidades. Uma terceira morte está sendo investigada em Santa Catarina. Até o dia 28 de julho foram registrados 7.286 casos da doença, em 21 estados brasileiros.

Os óbitos foram os primeiros causados pela doença na história e chama a atenção de autoridades em todo mundo. Embora seja difícil cravar com certeza, um estudo recente liderado pela Universidade Federal de Minas Gerais aponta que o surto e as fatalidades podem estar relacionadas com uma mutação sofrida pelo vírus há pouco tempo, com o rearranjo genético com dois outros microrganismos: o vírus Iquito e o vírus de Perdões (PEDV).

O que é a febre Oropouche?

Causada por um vírus de mesmo nome, a febre Oropouche é transmitida por meio do vetor Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros. Há registros de isolamento do vírus em outras espécies de insetos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus.

Já no ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros. Nesse cenário, o mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente conhecido como pernilongo e comumente encontrado em ambientes urbanos, também pode transmitir o vírus.

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Os sintomas são febre de inicio súbito, dor de cabeça, rigidez articular, náuseas e vômitos persistentes — podendo se parecer muito com um caso severo de dengue. A orientação é que as pessoas com esse sinais procurem atendimento nas unidades de saúde, informando os profissionais responsáveis pelo acompanhamento do pré-natal.

O MS disse que vem monitorando a situação do Oropouche no Brasil em tempo real, por meio da Sala Nacional de Arboviroses, e que publicará, nos próximos dias, o Plano Nacional de Enfrentamento às Arboviroses, incluindo dengue, zika, chikungunya e Oropouche. As orientações incluem a metodologia de análise laboratorial, vigilância e a assistência em saúde sobre condutas recomendadas para gestantes e recém-nascidos com sintomas compatíveis com Oropouche.

(Com Agência Brasil)

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