Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Melanina sintética pode ser protetor solar natural no futuro

Pesquisadores desenvolveram nanopartículas que, apesar de imitarem a melanina, também protegem o DNA contra os danos dos raios solares

Por Da Redação
Atualizado em 29 jun 2017, 18h18 - Publicado em 29 jun 2017, 17h59

A radiação solar é a principal responsável pelos casos de câncer de pele, o mais frequente no Brasil, correspondendo a 30% de todos os tumores malignos registrados, segundo dados do Instituto do Câncer (Inca). Até o momento, os principais aliados contra o sol são o protetor solar e roupas que protegem a pele. Mas, já pensou se houvesse algo natural que protegesse nossa pele? Pois cientistas da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, já estão trabalhando nisso, segundo informações do site especializado Scientific American.

A aposta dos pesquisadores são nanopartículas que imitam a melanina, pigmento escurecedor (que dá cor à pele) que age como defesa primária natural do corpo contra danos ao DNA induzidos pelos raios UV. De acordo com a pesquisa, publicada no início do ano na versão on-line da revista científica ACS Central Sciences, esse elemento, produzido em laboratório, poderia ser usado para o desenvolvimento de proteções de uso tópico mais eficazes, assim como possíveis tratamentos para doenças de pele caracterizadas pela deficiência de melanina, como albinismo e vitiligo.

O estudo

Para criar essas nanopartículas, os pesquisadores banharam dopamina, um químico sinalizador encontrado no cérebro e em outras partes do corpo, em uma solução alcalina. Esse passo produziu nanopartículas semelhantes à melanina, com “conchas” e núcleos feitos de polidopamina, um polímero à base de dopamina.

Em seguida, essas partículas foram encubadas em queratinócitos humanos – células da pele que absorvem os melanócitos, que produzem, armazenam e transportam melanina -, que absorveram as nanopartículas sintéticas e, como acontece com a natural, as distribuíram ao redor de seu núcleo.

Fator de proteção celular

Após esse procedimento, os queratinócitos que continham melanina sintética foram expostos à radiação UV por três dias. Os resultados mostraram que 50% dessas células sobreviveram após esse período, enquanto apenas 10% dos queratinócitos humanos “naturais” sobreviveram.

Continua após a publicidade

Isso significa que as nanopartículas que imitam a melanina não só foram transportadas e distribuídas na célula como a melanina natural, mas também protegeram o DNA celular.

O próximo passo será determinar como funciona esse mecanismo de absorção das nanopartículas pelos queratinócitos. Para Suhair Sunoqrot, cientista biofarmacêutico na Universidade da Califórnia em Berkeley, que não estava envolvido no estudo, “entender essa interação nanopartículas-pele trará melhores conhecimentos sobre sua eficácia como protetor solar ou tratamento tópicos” para doenças de pele.

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.