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Lesões de Neymar e Danilo estão entre as mais comuns em Copas

Levantamento feito desde 1998 mostra que o tornozelo é uma das partes mais machucadas durante o torneio

Por Diego Alejandro
Atualizado em 25 nov 2022, 18h22 - Publicado em 25 nov 2022, 16h35

A vitória da Seleção diante da Sérvia trouxe alegria e preocupação para os brasileiros. Danilo e Neymar sofreram entorses nos tornozelos e, após passarem por exames de imagem, estão fora ao menos da próxima partida da Copa do Mundo do Catar, diante da Suíça, no próximo dia 28. Não é à toa que ambos jogadores machucaram a mesma parte do corpo: esse tipo de lesão é uma das mais comuns em Copas do Mundo. 

Um levantamento publicado no British Journal of Sports Medicine revelou o total de lesões apresentadas da Copa de 1998 até a de 2014, realizada no Brasil. Foram relatadas 104 contusões, equivalente a uma média de 1,68 lesão por jogo ou 5,8 lesões a cada cem horas jogadas. As estatísticas mostram, também, que as principais lesões foram na coxa (26%), na cabeça, face e pescoço (18%), joelho (12%) e tornozelos (10%).

Contudo, a taxa geral de lesões diminuiu de 2002 para 2014 em 37%. Enquanto a incidência de lesões sem contato não mudou significativamente, houve uma redução significativa na taxa de machucados por contato ou resultantes de jogo sujo.

O estudo conclui que a constatação é resultado de arbitragem rigorosa e de conscientização dos jogadores em relação à jogadas limpas.

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No caso de Neymar, entretanto, isso não é verdade: nove das doze faltas cometidas nos jogadores brasileiros foram feitas em cima do craque.

O excesso de agressões resultou em uma lesão ligamentar lateral no tornozelo direito, de acordo com Rodrigo Lasmar, médico da CBF, enquanto Danilo tem lesão lateral medial no tornozelo esquerdo.

Ainda é necessário, entretanto, entender o grau da lesão, que pode ter sido simples, resultando num tratamento mais curto, durante dois ou três dias, ou avançada, que tiraria o Neymar dos campos por sete ou oito dias. Se o caso mais grave se confirmar, forçará o camisa 10 a perder toda fase de grupos e, talvez, as oitavas de final, caso o Brasil se qualifique.

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“É preciso qualificar e quantificar a lesão do jogador. Qualificar para saber se só o ligamento foi atingido ou também o tendão, além de avaliar se houve ainda alguma lesão óssea e se há muito edema e até hematoma. E quantificar para entender o grau da lesão. A quantificação é mais complexa dependendo do tipo de tecido atingido”, explica Luiz Fernando Schwinden, radiologista especialista na área musculoesquelética do Richet Medicine & Diagnóstico.

Habitualmente, o exame mais usado para avaliar o tornozelo é a ressonância magnética. Em alguns casos, quando não há o exame, o ultrassom pode ser uma excelente ferramenta de diagnóstico, principalmente na avaliação das lesões dos ligamentos e das partes moles do tornozelo. Mas a ressonância é capaz de mostrar tanto o comprometimento de partes moles quanto as alterações ósseas, como um edema ou uma fratura.

No Mundial de 2018, na Rússia, Neymar chegou abalado por uma lesão no mesmo tornozelo, o direito, e não atuou em suas melhores condições. Danilo, por sua vez, se machucou na estreia diante da Suíça, também no tornozelo, e não atuou mais no torneio.

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