Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Iniciativa buscará controlar hipertensão em 70% dos pacientes brasileiros até 2030

Mais de 50 milhões de pessoas convivem com a pressão alta no país - e 7 em cada 10 não conseguem controlá-la. Campanha visa mudar essa realidade

Por Diogo Sponchiato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 jul 2024, 11h23 - Publicado em 25 jul 2024, 11h18

Uma das doenças mais prevalentes em nossa população, a hipertensão é um dos principais fatores de risco por trás de infarto e derrame, as maiores causas de morte no Brasil. Silencioso, o problema marcado por uma espécie de “aperto” nas artérias não está sob o devido controle em cerca de 70% dos indivíduos com pressão alta no país.

É para reverter esse número e a ameaça que ele representa que a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) lançou, durante seu congresso em São Paulo, o projeto Aliança Onda: Menos Pressão, Mais Ação! A meta é ampliar a conscientização sobre a condição crônica e engajar a população em seu diagnóstico e tratamento adequado.

Por que é um perigo

A hipertensão entra em cena quando a pressão arterial atinge ou ultrapassa o valor de 140 por 90 milímetros de mercúrio, sendo que o ideal é que, em geral, permaneça na casa dos 120 por 80 – o famoso “12 por 8”. Com o envelhecimento populacional e o avanço de fenômenos como a obesidade, o número de hipertensos dobrou entre 1990 e 2019, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Calcula-se que existam hoje mais de 1,3 bilhão de pessoas com o problema, nem sempre diagnosticado pela ausência de sintomas. Não raro, a primeira manifestação clínica da hipertensão é um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral (AVC). Além de comprometer as artérias do coração e do cérebro, a doença abre caminho a danos nos vasos que irrigam os rins, os olhos e os membros inferiores.

O cenário é de alarme no país porque, pelas estimativas dos especialistas, apenas 30% dos pacientes estão com a pressão sob controle. “Isso acontece por não seguirem o tratamento indicado da forma correta, não tomarem medicamentos ou mudarem seus hábitos”, declarou o cardiologista Luiz Bortolotto, membro da diretoria da SBH e presidente do congresso da especialidade.

Continua após a publicidade

O controle da hipertensão é feito com ajustes no estilo de vida – o que engloba, entre outras coisas, prática regular de atividade física e adesão a uma dieta mais saudável -, bem como monitoramento da pressão e uso diário de remédios prescritos pelo médico. “Por ser uma doença silenciosa, o problema que é o paciente não enxerga o resultado do tratamento de forma clara, podendo interrompê-lo por conta própria, um grande erro”, observa Bortolotto, que também é professor da USP.

O que propõe a iniciativa

A OMS defende mobilizar as nações para que ao menos 50% dos hipertensos estejam com a pressão dentro das metas até 2050 – o que evitaria a morte de 76 milhões de pessoas, de acordo com as contas da entidade. O objetivo do projeto Aliança Onda, da SBH, é mais ousado: chegar aos 70%.

Seus idealizadores ressaltam que a missão tem impactos drásticos na saúde pública, não só em termos de qualidade de vida para os pacientes, mas também na esfera das despesas do SUS e de organismos privados.

O desafio começa pelo diagnóstico. Alguns estudos sugerem que metade das pessoas com hipertensão sequer teve a condição detectada por um médico. A aferição da pressão em consultório é uma medida anual que, desde a infância, deve ser realizada a fim de se flagrar a ameaça quanto antes.

Continua após a publicidade

A Aliança Onda defende, além disso, mudanças de hábito comprovadamente eficazes no controle dos níveis de pressão. O pacote inclui:

  • Seguir uma alimentação equilibrada, com baixa ingestão de sal
  • Prática regular de exercícios (ao menos 150 minutos por semana)
  • Controle do peso (manter o índice de massa corporal, o IMC, abaixo de 25)
  • Não fumar e moderar na bebida alcoólica

Para alcançar o ambicioso propósito até 2030, o projeto da SBH contará com parcerias públicas e privadas e incentivará o uso de recursos tecnológicos capazes de engajar os pacientes no monitoramento e na adesão ao tratamento – caso de ferramentas digitais como aplicativos de celular e smartwatches que ajudam a checar a situação e a lembrar de tomar os remédios, por exemplo.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.