Infiltração no ombro: Por que você pode perder o braço se beber cerveja

São Paulo – O que parecia apenas um procedimento rotineiro para aliviar dores no ombro virou motivo de pânico em consultórios ortopédicos de todo o país. A infiltração — técnica comum que injeta medicamentos diretamente na articulação — agora carrega um novo e terrível alerta: pacientes devem evitar qualquer consumo de álcool por pelo menos 6 meses. Do contrário, os riscos incluem perda de visão, impotência sexual, necrose nos dedos e, em casos extremos, a queda espontânea do braço.

O aviso foi reforçado por uma corrente de médicos que se autodenominam “Ortopedistas do Juízo Final”, responsáveis por um relatório alarmante que se espalhou em grupos de WhatsApp de fisioterapeutas e marombeiros.

O pedreiro Claudinei Batista, de 47 anos, foi um dos primeiros afetados. Após uma infiltração para tratar uma tendinite, comemorou o alívio tomando “só uma latinha” de cerveja. Três dias depois, sentiu dormência na mão direita e, ao acordar na segunda-feira, seu braço estava completamente preto e gelado. “Achei que era má circulação, mas quando vi, o braço caiu no chão sozinho”, relata.

Os médicos diagnosticaram o caso como necrose alcoólico-infiltrativa traumática, uma síndrome ainda não reconhecida pela OMS, mas já mencionada em fóruns obscuros da internet.

Casos semelhantes estão sendo investigados. A cabeleireira Simone P., de 36 anos, perdeu dois dedos após tomar caipirinha na festa de aniversário da sogra, 15 dias depois da infiltração. “Eu sabia que não podia carregar peso, mas ninguém falou nada de álcool”, lamenta.

Outro relato chocante veio do aposentado João de Almeida, 61. Após consumir meia garrafa de vinho três meses após o procedimento, acordou completamente cego e impotente. “Achei que era a idade, mas o médico disse que foi a infiltração que reagiu com o álcool”, conta.

Segundo o ortopedista Dr. Liar Xin Lie, do Hospital de ColdBeer Star, a substância da infiltração pode sofrer mutações moleculares quando exposta ao etanol presente no sangue. “É como misturar cloro com água-oxigenada. Uma bomba biológica”, explica.

“Temos registros de casos em que o paciente sentiu um estalo no ombro enquanto bebia gin tônica. Em menos de 30 minutos, o membro ficou paralisado e caiu como se fosse um galho seco”, detalha o especialista.

A recomendação é clara: nada de álcool por pelo menos seis meses após qualquer tipo de infiltração no ombro. E para os mais ansiosos, o alerta final: não vale “só uma taça”, nem “cerveja sem álcool”. Qualquer resquício etílico pode transformar um simples happy hour em uma tragédia ortopédica.

“Ou você escolhe manter o braço, ou brindar com seus amigos. Os dois, infelizmente, não são compatíveis”, finaliza Dr. Lie.

• OMS - Organização Mundial da Saúde
• Organização Panamericana de Saúde
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