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Hidroxicloroquina não é eficaz para quadros leve ou moderado, diz estudo

Conclusão é do primeiro trabalho divulgado pelo grupo de hospitais Coalizão Covid-19; ainda há dois trabalhos com a droga sendo conduzidos

Por Adriana Dias Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 jul 2020, 18h16 - Publicado em 23 jul 2020, 16h00

Pesquisa conduzida por um grupo de hospitais, rede e instituto de pesquisas brasileiros mostrou que o uso de hidroxicloroquina, sozinha ou associada com azitromicina, não mostrou efeito em pacientes internados com quadros leves ou moderados de Covid-19. Ou seja, aqueles que não precisam de oxigênio ou precisam de, no máximo, 4 litros por minuto de suporte suplementar. Os pesquisadores avaliaram 667 doentes com idade média de 50 anos.

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O trabalho faz parte de uma força-tarefa chamada de Coalizão-Covid-19, que investiga potenciais terapias para infectados. Esse é o primeiro estudo divulgado pelo grupo. Nos próximos meses serão publicadas mais oito pesquisas, sendo duas delas condizidas também com hidroxicloroquina, mas para pacientes não hospitalizados e graves.

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“Nosso estudo comprovou que o tratamento não melhorou a evolução clínica dos doentes”, diz Álvaro Avezum, diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Os infectados receberam 400 miligramas de hidroxicloroquina a cada doze horas e 500 miligramas de azitromicina ao dia, ao longo de uma semana.

“Os pacientes apresentaram alterações em exames de eletrocardiograma”, diz Viviane Cordeiro Veiga, coordenadora de UTI da Beneficência Portuguesa.  “Não houve aumento na mortalidade nem diferenças para eventos adversos, como arritmias e problemas hepáticos graves em relação àqueles que receberam tratamento padrão, feito com suporte de oxigênio, e antibiótico”.

O estudo será publicado no New England Journal of Medicine.

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