Governo adquire 57 milhões de doses de vacinas para a covid-19
8,5 milhões de doses chegam até maio e os outros serão solicitados a depender da demanda, em até dois anos

O Ministério da Saúde fez a compra de 57 milhões de doses da última vacina aprovada para a covid-19 no país. A primeira remessa, com 8,5 milhões de doses, deve chegar ao Brasil até maio.
O imunizante da Pfizer protege contra a variante JN.1 do vírus e está aprovado para o público acima dos 12 anos. Desde que a JN.1 foi descoberta, em agosto de 2023, logo se espalhou por todo o mundo e foi classificada como uma cepa de interesse – isso acontece porque, diferente das versões anteriores, essa apresenta muitas alterações em relação aos outros vírus circulantes.
Inicialmente a compra seria de vacinas da Zalika, mas um atraso no envio de documentações fez com que o imunizante fosse reprovado pela Anvisa. A Pfizer, então, assumiu o contrato.
A entrega parcelada visa um melhor aproveitamento das vacinas, evitando acúmulos e vencimentos, mas, para os especialistas, os lotes precisam ser bem aproveitados. “Precisará de uma boa logística para receber essas doses e fazer novos pedidos de contato com entregas ágeis para não faltas vacinas nos postos”, explicou a biomédica e docente da Escola de Saúde Unisinos, Mellanie Fontes-Dutra, na sua conta no BlueSky.
Quem pode se vacinar?
A previsão para o ano, segundo a pasta, é aplicar mais de 15 milhões de doses do imunizante. Devem se vacinar crianças menores de 5 anos, idosos, gestantes e grupos especiais, como imunocomprometidos, ribeirinhos, quilombolas e pessoas com comorbidades.
Hoje a vacina integra o calendário nacional e deve ser tomada a cada seis meses por idosos e imunocomprometidos. Gestantes recebem uma dose por gestação e os outros grupos devem receber uma dose por ano.