Fiocruz: 89% das doses de abril serão usadas em primeira aplicação
A segunda aplicação do grupo imunizado no mês será em julho; vacina tem eficácia preliminar de 73% após a etapa inicial

Do total de 18,4 milhões de doses da vacina de Oxford com previsão de entrega para este mês de abril pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por volta de 2 milhões serão utilizadas para segundas doses de quem começou o esquema vacinal em janeiro. O restante — aproximadamente 89% — será utilizado em primeiras doses de grupos que terão a carteira vacinal finalizada em julho.
LEIA TAMBÉM: Covid-19: como interpretar casos de morte depois da aplicação da vacina
Essa divisão permitirá que esses lotes iniciais sejam, em sua maioria, dedicados a novos grupos ainda não vacinados. No caso da CoronaVac, do Instituto Butantan, por exemplo, a depender das próximas entregas, solicita-se que metade do contingente de doses seja reservado para que a segunda aplicação ocorra dentro do prazo máximo de 28 dias estipulado pelos desenvolvedores. Como a Fiocruz prevê uma pausa de doze semanas entre as aplicações — e, além disso, estudos preliminares apontam para eficácia de 70% após a primeira dose ao longo dos primeiros meses — o processo é mais acelerado neste primeiro momento. Com um valor menor de doses, chega-se em menos tempo a mais grupos. A segunda dose, neste raciocínio, funciona como reforço.
De acordo com a Fiocruz, as doses de abril e maio estão asseguradas porque a matéria-prima necessária para vacina já chegou à instituição. O cronograma atual prevê 18,4 milhões de doses para abril e outras 21,5 milhões para maio. Até o fim de julho são esperadas 100 milhões de doses do antígeno finalizado pela Fiocruz. Outros 12 milhões serão importados prontos do Instituto Serum, na Índia.
Confira o avanço da vacinação no Brasil: