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Faça três séries de exercício de apenas um minuto e reduza risco de morte

Estudo apontou benefícios obtidos em tarefas do cotidiano, como correr para o ônibus, fazer uma caminhada rápida ou brincar com as crianças

Por Diego Alejandro
Atualizado em 12 dez 2022, 19h09 - Publicado em 12 dez 2022, 17h49

Uma boa notícia para os preguiçosos e sedentários: segundo nova pesquisa, um minuto de atividade física intensa durante tarefas diárias, três ou quatro vezes ao dia, está associado a grandes reduções no risco de morte prematura, principalmente de doença cardiovascular.
Publicado na Nature Medicine, o estudo é liderado pelo Centro Charles Perkins da Universidade de Sydney, na Austrália.

É o primeiro estudo a medir com precisão os benefícios para a saúde de “atividade física vigorosa intermitente no estilo de vida”, ou VILPA. É como os pesquisadores apelidaram os períodos muito curtos de atividade intensa que fazemos eventualmente, como correr para o ônibus, fazer uma caminhada rápida ou pique-esconde com as crianças.

Os pesquisadores descobriram que apenas três a quatro sessões de VILPA todos os dias estão associadas a até 40% de redução na mortalidade por todas as causas, e até 49% de queda na morte relacionada a doenças cardiovasculares. E quanto mais, melhor – até onze atividades por dia foi associada a uma redução de 65% de mortes cardiovasculares e redução de 49% em mortes relacionadas ao câncer.

“Aumentar a intensidade das atividades diárias não requer comprometimento de tempo, preparação, filiação a clubes ou habilidades especiais. Trata-se simplesmente de aumentar o ritmo da caminhada ou fazer as tarefas domésticas com um pouco mais de energia”, disse o autor Emmanuel Stamatakis, professor de Estilo de Vida e Saúde da População no Centro Charles Perkins da Universidade de Sydney.

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Os pesquisadores usaram dados do UK Biobank, um banco biomédico de grande escala, para medir a atividade de mais de 25 mil “não praticantes de exercícios”, participantes que relataram não praticar esportes ou exercícios durante o tempo livre, ao longo de sete anos.

Por esse método, eles concluíram que qualquer atividade registrada por esse grupo era uma atividade física incidental realizada como parte da vida cotidiana.

Os estudos são observacionais, o que significa que não podem estabelecer diretamente causa e efeito. No entanto, o grupo adotou medidas estatísticas rigorosas para minimizar a possibilidade de que os resultados sejam explicados por diferenças no estado de saúde entre os participantes. “Essas descobertas demonstram o quão valiosas medidas detalhadas e objetivas de atividade física podem ser quando coletadas em uma população em larga escala”, disse a professora Naomi Allen, cientista-chefe do UK Biobank.

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