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EUA aprovam tratamento de alopecia grave, condição que afeta Jada Smith

Doença autoimune causa queda de cabelo do couro cabeludo e de outras partes do corpo

Por Sabrina Carmo
Atualizado em 13 jul 2022, 17h12 - Publicado em 14 jun 2022, 13h19

A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, aprovou nesta segunda-feira, 13, o remédio Olumiant (Baricitinibe) para o tratamento de alopecia areata, condição que afeta a atriz e apresentadora Jada Smith. A doença autoimune causa queda de cabelo do couro cabeludo e de outras partes do corpo.

A condição ganhou evidência durante a cerimônia do Oscar, em março deste ano, quando o ator Will Smith, marido de Jada, reagiu a uma piada sobre a cabeça raspada da atriz feita pelo comediante Chris Rock. Ele se levantou e, para surpresa da plateia, deu um tapa no rosto de Rock.

O remédio foi produzido no formato de comprimidos orais e permite o crescimento do cabelo, bloqueando o sistema imunológico de atacar os folículos capilares. A doença geralmente aparece na forma de calvície irregular e afeta mais de 300.000 pessoas por ano nos Estados Unidos.

Trata-se do primeiro tratamento sistêmico contra a alopecia areata aprovado pela FDA. Isso quer dizer que o remédio age no corpo todo e não somente em um local específico.

“O acesso a opções de tratamento seguras e eficazes é crucial para o número significativo de americanos afetados por alopecia grave”, disse Kendall Marcus, diretor da Divisão de Dermatologia e Odontologia do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA. “A aprovação ajudará a atender a uma necessidade significativa não atendida de pacientes com alopecia areata grave”.

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O Olumiant, produzido pela empresa farmacêutica Eli Lilly, é um inibidor de Janus Kinase (JAK) que bloqueia a atividade de uma ou mais de uma família específica de enzimas, interferindo na via que leva à inflamação. A Pfizer também está produzindo um medicamento similar.

A eficácia e segurança do remédio foi estudada em dois testes com pacientes que apresentavam pelo menos 50% de perda de cabelo por mais de seis meses. No primeiro teste, 57% dos pacientes que receberam o remédio alcançaram uma cobertura capilar adequada, em comparação com 5% daqueles que receberam placebo.

Entre os efeitos colaterais mais comuns foram identificados dor de cabeça, acne, colesterol alto, fadiga, náuseas, aumento de peso, entre outros. O remédio não deve ser usado com outros inibidores de JAK, imunomoduladores biológicos, ciclosporina ou outros imunossupressores potentes.

No Brasil, o remédio foi originalmente aprovado em 2018 como tratamento de artrite reumatoide e tem sido usado em pacientes adultos hospitalizados e que precisam de oxigênio para tratar a Covid-19.

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