Estados decidem não exigir prescrição médica para vacinação de crianças
Conselho de secretários de Saúde divulgou carta após o ministro Marcelo Queiroga recomendar receita e assinatura de termo de consentimento pelos pais
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou uma carta nesta sexta-feira, 24, assinada pelo presidente da entidade, Carlos Eduardo de Oliveira Lula, dizendo que os estados não vão exigir prescrição médica para a vacinação de crianças de cinco a onze anos contra a Covid-19.
“Infelizmente há quem ache natural perder a vida de vocês, pequeninos, para o coronavírus. Mas com o Zé Gotinha já vencemos a poliomielite, o sarampo e mais de 20 doenças imunopreveníveis. Por isso, no lugar de dificultar, a gente procura facilitar a vacinação de todos os brasileirinhos”, afirmou.
“E é esse recado que queremos dar no dia de hoje, véspera de Natal: quando iniciarmos a vacinação de nossas crianças, avisem aos papais e às mamães: não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina. A ciência vencerá. A fraternidade vencerá. A medicina vencerá e vocês estarão protegidos”, acrescentou o Conass.
A carta foi divulgada um dia após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, dizer que a pasta recomendaria a vacinação das crianças desde que houvesse receita médica e assinatura de termo de consentimento pelos pais.
No último dia 16, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do imunizante da Pfizer no público infantil. O Ministério da Saúde, contudo, não disse quando iniciaria a campanha e decidiu anunciar a realização de uma consulta pública para ouvir a sociedade sobre o tema. Esta consulta deve ficar aberta até 2 de janeiro.
Leia a íntegra da carta abaixo: