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Entenda a retirada de produtos da Coca-Cola de prateleiras na Europa

Recall foi motivado por índices mais elevados de clorato do que o permitido, mas empresa diz que riscos para consumidores é baixo; veja lista

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 jan 2025, 17h41 - Publicado em 28 jan 2025, 14h54

A Coca-Cola anunciou nesta segunda-feira, 27, a retirada de produtos em países da Europa após testes constatarem níveis mais altos que o permitido de clorato, um subproduto de substâncias usadas em limpeza e desinfecção que pode trazer riscos à saúde em casos de ingestão frequente, principalmente para crianças. Os lotes identificados eram vendidos na Bélgica, Luxemburgo e Holanda. Segundo a empresa, “análises independentes concluíram que a probabilidade de qualquer risco para os consumidores é muito baixa”.

O primeiro comunicado foi divulgado pela unidade na Bélgica da Coca‑Cola Europacific Partners, empresa responsável por engarrafar as bebidas, que informou que os produtos tinham ” teor excessivamente elevado de clorato”. O recall foi direcionado a latas retornáveis e garrafas de vidro com o código de produção entre 328 GE a 338 GE de Coca-Cola Zero e Light, Sprite, Fanta, Fuze Tea, Minute Maid, Nalu, Royal Bliss e Tropico. A lista completa com imagens das bebidas pode ser vista aqui.

Ela disse ainda que garrafas plásticas PET, tetra packs e latas ou garrafas com outros lotes não foram afetados.

Em nota, a Coca-Cola disse que a decisão de retirar as bebidas das prateleiras ocorreu após consulta com autoridades dos países e que a engarrafadora está em contato com mercados europeus, tendo em vista que “uma quantidade limitada de estoque foi enviada”. O montante de produtos que fazem parte do recall não foi informada nem os outros países que podem ter recebido esses lotes.

Preocupação de consumidores brasileiros

A reportagem de VEJA consultou a Coca-Cola sobre a possibilidade de o mercado brasileiro ter recebido os lotes onde a substância foi detectada. Também em nota, a empresa informou que isso não ocorreu.

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“Dada a preocupação que isso pode gerar entre nossos consumidores, confirmamos que nenhum produto produzido ou vendido no Brasil está afetado por este recall”, afirmou.

O que é clorato?

A substância já foi usada como herbicida na forma de sais de clorato, mas está banida na União Europeia. Mas a presença do clorato também pode ocorrer a partir do uso de água clorada no processo de desinfecção, inclusive de alimentos.

Desde 2020, a Comissão Europeia prevê um índice máximo de 0,05 mg/kg para a maioria das frutas e vegetais, inclusive congelados. Em níveis elevados e com ingestão frequente, de acordo com a entidade, pode impactar a absorção de iodo, principalmente em bebês e crianças.

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É importante deixar claro que o clorato não faz parte da composição dessas bebidas. “Não é uma substância usada de forma intencional nas bebidas, como nos refrigerantes. A sua presença no alimento ou na bebida é visto como um contaminante”, explica Daniel Junqueira Dorta, professor de toxicologia na USP Ribeirão Preto. “Ele aparece no processo de desinfecção, desde no tratamento de água — tanto que existe um mínimo estabelecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) de presença em água e alimentos — até na sanitização das latas, garrafas de vidro e linha de produção.”

De acordo com Dorta, crianças formam o grupo com mais risco de exposição aos cloratos por inibir a captação de iodo. “Ele vem do alimento e é importante, tanto que o sal é iodado, pois é importante para a produção dos hormônios da tireoide, mas esse problema é reversível e não seria tão severo.”

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