Covid-19: Biden inclui Brasil em lista de doação de vacinas
6 milhões de doses serão destinadas aos países da América Latina; o total do primeiro lote de imunizantes compartilhados globalmente é de 25 milhões

Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira, 3, a lista de países que receberão doações de vacinas para a Covid-19. O Brasil está na relação e deve dividir a quantia de 6 milhões de aplicações com outras nações da América Latina, a exemplo de Argentina, Colômbia, Costa Rica, Peru, Equador, Paraguai, Bolívia, Guatemala, El Salvador, Honduras, Panamá, Haiti, Comunidade do Caribe e República Dominicana. A doação será feita por meio do consórcio Covax Facility.
Ainda não está claro quantas doses serão enviadas para cada localidade. A Casa Branca informou, por meio de comunicado, que planeja compartilhar 80 milhões de doses globalmente até o fim de junho. Neste primeiro lote, foi anunciado o destino de somente uma monta de 25 milhões. Ainda não há informações sobre o destino das outras 55 milhões de doses.
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Do primeiro lote, 19 milhões de vacinas serão alocadas na aliança Covax Facility — ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), incluindo os 6 milhões para a América Latina. Os outros 6 milhões serão destinadas a países denominados como “prioridades regionais”, a exemplo de México, Canada, Coreia do Sul, Cisjordânia, Gaza, Ucrânia, Kosovo, Geórgia, Egito, Jordânia, Iraque e Iêmen. O Brasil não aparece nesta listagem. Na segunda cota, também está prevista a disponibilização de aplicações para os trabalhadores da linha de frente das Nações Unidas.
O documento descreve ainda a distribuição, por meio do Covax, de 7 milhões para Índia, Nepal, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka, Afeganistão, Ilhas Maldivas, Malásia, Filipinas, Vietnã, Indonésia, Tailândia, Laos, Papua Nova Guinea, Taiwan, e as Ilhas do Pacífico, todos na Ásia e mais 5 milhões para a África — sendo os países definidos pela União Africana.
De acordo com anúncios anteriores do presidente Joe Biden, as doses são das farmacêuticas Johnson & Johnson, Moderna, Pfizer e AstraZeneca — a última ainda não foi aprovada pelas agências norte-americanas, mas está em uso no Brasil.
O anúncio foi realizado na esteira de pressões internacionais para que os Estados Unidos colaborassem com a vacinação global para conter a Covid-19. O país tem 50% da população com, ao menos, uma dose aplicada.