Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Covid-19: a busca por tratamentos contra a ‘tempestade de citocinas’

O antiviral interferon-beta, originalmente usado na hepatite, é uma das moléculas testadas para aplacar o mecanismo

Por Adriana Dias Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 14h51 - Publicado em 24 abr 2020, 06h00

As terapias que estimulam o organismo a se proteger de doenças são vitais em qualquer circunstância. Mas no caso da Covid-19 ganharam relevância. Há uma explicação: sempre que um vírus, bactéria ou fungo entra na circulação sanguínea, o corpo tenta se livrar do ataque criando anticorpos. Os anticorpos, por sua vez, ativam substâncias inflamatórias, denominadas citocinas. Em quantidades razoáveis, as citocinas agridem o invasor. O novo coronavírus, no entanto, espalha-se de forma tão rápida que os níveis do composto no sangue vão às alturas — é o que a ciência chama de “tempestade de citocinas”. O processo inflamatório, portanto, que era para ajudar, fragiliza os pulmões, que ficam cheios de líquido.

O antiviral interferon-beta, originalmente usado na hepatite, é uma das moléculas testadas para aplacar o mecanismo. Ele está justamente envolvido nos processos inflamatórios. O tocilizumabe, atualmente aplicado no tratamento de artrite reumatoide, também age na inflamação. Entretanto, um dos caminhos mais bem-sucedidos, uma sinfonia de anticorpos, tem sido a transfusão de sangue de pacientes já curados da Covid-19 para pacientes graves. A transfusão é do plasma, a parte incolor e líquida do sangue, composta de água, proteínas e anticorpos criados no contato com o vírus. A terapia já está sendo utilizada em vários países, incluindo EUA, China, Reino Unido e França. No Brasil, os hospitais Albert Einstein, Sírio-­Libanês, da USP e da UFRJ estão entre as instituições que foram autorizadas a fazer testes clínicos. “Se funcionar, será útil para evitar que um grande número de pessoas vá para a UTI”, diz Luiz Vicente Rizzo, diretor de pesquisa do Einstein. A estratégia já foi usada durante a pandemia de gripe espanhola, em 1918, e de Sars, em 2003. Dados de uma pesquisa publicada no periódico científico JAMA são animadores, embora incipientes. Das cinco pessoas que estavam ligadas a respiradores e receberam a transfusão, três tiveram alta e duas permaneceram estáveis.

Publicado em VEJA de 29 de abril de 2020, edição nº 2684

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.