Coronavírus: estudo com 2.000 pessoas aponta sintoma mais comum da doença
Pesquisa realizada em 18 hospitais europeus questionou a pacientes com casos leves e moderados o que sentiram após os primeiros dias de infecção
Um estudo publicado pela revista científica Annals of Internal Medicine, no dia 26 de maio, apontou que a perda do olfato foi o sintoma mais comum de Covid-19 entre 2.013 pacientes analisados nos meses de março e abril em dezoito hospitais europeus.
Do total, 1754 pacientes (87%) com estado leve a moderado da doença relataram perda total ou parcial do olfato, enquanto 1136 (56%) relataram problemas em sentir gostos. No grupo foi percebido que os sintomas da doença duraram cerca de 11 dias, em média. A análise foi feita por um questionário digital.
Outros sintomas relatados são dor de cabeça (70,1%), dor muscular (31,8%), tosse (58,4%), perda de apetite (47,5%), falta de ar (45,2%), diarreia e dor abdominal (42,3%), febre baixa (40,6%), entre outros.
Partiparam da pesquisa especialistas de instituições a exemplo do Hospital Universitário Donostia, na Espanha e do Centro Hospitalar da Universidade de Saint-Pierre, na Bélgica.
Limitações
O estudo aponta duas limitações, a avaliação de pacientes após a alta, o que pode ter influenciado o prazo de avaliação dos sintomas. E a aplicação do questionário aos pacientes após o recebimento de seus diagnósticos — o que poderia ter influenciado suas respostas, uma vez que os sintomas da doença já são conhecidos. Ainda assim, o estudo reafirma a importância de avaliar a perda de olfato e paladar em pacientes com quadros leves e medianos da doença.