Coronavírus: Brasil bate novo recorde e registra 26.928 casos em 24 horas
Novos óbitos chegam a 1.124 e o país torna-se a quinta nação com mais mortes pela doença no mundo
O Ministério da Saúde atualizou nesta sexta-feira, 29, o número de casos e mortes por Covid-19. De acordo com o levantamento das secretarias regionais, foram registrados nas últimas 24 horas 26.928 casos e 1.124 mortes em decorrência do novo coronavírus. O número de novos casos é pelo segundo dia seguido o maior da série histórica.
Os números totais no Brasil chegam a 465.166 diagnósticos positivos e 27.878 óbitos. Há ainda 189.476 (40,7%) pacientes recuperados e 247.812 (53,3%) casos em acompanhamento. Óbitos suspeitos somam 4.245 ocorrências.
No ranking global realizado pela Universidade Johns Hopkins, o Brasil continua em segundo lugar em relação ao número de casos confirmados, perdendo apenas para os Estados Unidos e subiu para a quinta posição em número de mortes, ultrapassando a Espanha, que teve com 27.121 óbitos confirmados no país até hoje.
De acordo com a pasta da Saúde, foram realizados até hoje cerca de 930 000 exames para Covid-19. Destes, 488.802 pelas cinco maiores redes de laboratórios privados (com 7.000 pontos de atendimento), a outra parte por laboratórios públicos.
O Ministério da Saúde anunciou também que ampliará a campanha de vacinação para a gripe. Prevista para acabar no próximo dia 5, o programa de imunização será ampliado até o dia 30 de junho.
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Grupos de risco
Ministério da Saúde disponibilizou dados acerca dos fatores de risco de Covid-19, a exemplo de diabetes, hipertensão, tabagismo e obesidade. Os dados fazem parte da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).
O estudo apontou que 7,4% dos brasileiros sofrem de diabetes (na população acima de 65 anos, esse número sobe para 23%). No caso da hipertensão, 24,5 %, da população convive com a doença (entre os idosos, a prevalência é de 59,3%).
No quesito obesidade, o Brasil atingiu em 2019 a maior taxa desde 2006 com 20,3% dos brasileiros diagnosticados. No início da série histórica, essa taxa era de 11,8% . A maior prevalência fica na faixa entre 45 e 54 anos, com medida em 24,4%.
O país teve uma queda no número de fumantes, que passaram de 14,1% da população em 2006 para 9,8% no ano passado.
A pesquisa também trouxe dados acerca do efeito das quarentenas em decorrência da pandemia da Covid-19. De acordo com o estudo, 87,1% dos adultos consultados precisaram sair de casa pelo menos uma vez na semana anterior à pesquisa. Destes, 75,3% saíram para comprar alimentos; 45,% foram trabalhar e 20,5% sairam às ruas pois estavam entediados ou cansados de ficar em casa, entre outros.
Houve também relatos de pessoas enfrentando problemas para dormir (41,7%), sentido falta de apetite ou comendo mais que o necessário (38,7%) e sentindo-se pra baixo ou deprimidas (32,6%).