CoronaVac: o trunfo da vacina do Butantan contra as novas variantes
O método de produção do imunizante pode representar uma vantagem diante de outros antígenos
Principal antígeno do programa de imunização brasileiro contra a Covid-19, a vacina CoronaVac conta com um trunfo contra as variantes do vírus causador da doença, o chamado SARS-CoV-2. Trata-se de sua composição, que leva o vírus inativado (morto)— e as diversas proteínas que o compõe.
Essa característica faz a diferença frente a outros imunizantes aprovados emergencialmente ao redor do globo, que são baseadas em genes de uma proteína única, a chamada “S”, das Spikes — a parte do vírus que permite sua entrada nas células humanas.
Diferente das vacinas da AstraZeneca, Moderna e Pfizer, a CoronaVac, contém não só o trecho da proteína S, mas sim diversas partes do vírus — para as quais o corpo produz anticorpos variados, o que permite uma resposta imune mais diversa e menos afetada pelas eventuais mutações pelas quais o vírus pode passar.
Isso não quer dizer, porém, que as outras vacinas se mostrarão absolutamente ineficientes diante de variantes, porque o corpo é capaz de identificar e proteger contra toda a proteína Spike, ainda que uma de suas partes esteja “diferente” ao entrar em contato com o corpo do vacinado. O que se acredita, contudo, é que a CoronaVac sofra menos impacto em seu funcionamento diante dessa mutação, por não ser dedicada a uma área específica.
Para que se confirme a premissa, contudo, o Instituto Butantan tem analisado o antígeno contra a variante do Amazonas. Para a instituição, contudo, é reduzida a chance de que o imunizante não seja eficaz contra essa mutação. Em coletiva de imprensa recente, Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, afirmou que: “já foram feitos testes com as variantes do Reino Unido e da Africa do Sul e foi apresentado um bom desempenho”.
Confira os números da vacinação nos estados e no país atualizados até às 18h desta terça-feira, 16: