Conheça as órfãs siamesas que querem permanecer juntas
Nascidas na Tanzânia, as irmãs não querem ser separadas e sonhame se tornarem professoras

Maria e Consolata Mwakikuti vivem em Iringa, na Tanzânia, têm 19 anos, são siamesas pelo abdômen e não querem passar pela cirurgia de separação. Para elas, que estão no último ano do colegial, o maior sonho é entrar na universidade. “Queremos ser professoras. Vamos dar aulas usando um projetor e computadores”, disseram à rede britânica BBC.
A mãe das gêmeas morreu depois depois de dar à luz e o pai faleceu pouco tempo depois. As jovens foram adotadas e cresceram no lar da ONG, Maria Consolata, que inspirou a escolha de seus nomes. Juntas pelo abdômen, elas compartilham pulmão, estômago e fígado. Apesar de algumas dificuldades de locomoção – não conseguem andar, se movem apenas em superfícies lisas – elas não vêem problema na vida compartilhada, até sonham em casar com um único homem.
Segundo Rainer Brandl, da BBC África, a separação seria complicada, pois elas dividem o mesmo pulmão. “Quando cirurgiões e especialistas da África do Sul e da Europa foram consultados (alguns anos atrás), disseram que não seria possível separá-las porque compartilham órgãos essenciais em que uma depende da outra”, explicou.
No entanto, ambas são muito inteligentes e esperançosas. Alguns anos atrás, Maria contou à BBC que gostaria de ser médica para que pudesse ajudar a tratar dores de cabeça e problemas de estômago. Já Consolata disse que desejaria ser enfermeira, assim cuidaria de outras órfãs da mesma forma que ela e a irmã gêmea foram tratadas.