Casos de depressão e de ansiedade dobram durante quarentena
Pesquisa, que entrevistou 1.460 pessoas de 23 estados brasileiros, mostra que mulheres, pessoas com doenças preexistentes e sedentários são os mais afetados
Um estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro mostrou o crescimento do número de casos de depressão em quase 50% e de ansiedade em 80% desde o início da quarentena no Brasil. A pesquisa mostrou que as mulheres são mais propensas a sofrer com estresse e ansiedade durante o isolamento social, em especial as que precisam sair de casa para trabalhar, as que têm doenças preexistentes e são sedentárias.
Entre os dias 20 de março e 20 de abril, 1 460 pessoas de 23 estados responderam um questionário online com mais de 200 perguntas. O levantamento, coordenado pelo professor Alberto Filgueiras, do Instituto de Psicologia da Uerj, aponta ainda que quem não convive com crianças e mora com idosos têm mais chances de ter depressão nesse período.
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Clique e AssineDe acordo com o professor Filgueiras, os resultados sugerem um agravamento preocupante. Isso porque a quantidade de pessoas com estresse agudo na primeira coleta de dados (entre 20 a 25 de março) foi de 6.9% contra 9.7%, na segunda (15 a 20 de abril). Foi registrado o salto de 4,2% para 8% dos casos de depressão. Já a crise aguda de ansiedade aumentou de 8,7% para 14.9%.
De acordo com o levantamento, quem recorreu à psicoterapia pela internet e praticou exercícios apresentou índices menores de estresse e ansiedade.