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ES investiga 2 casos suspeitos de gripe H5N1 e 26 aves são sacrificadas

Um dos possíveis infectados não apresenta mais sintomas gripais; outros quatro episódios suspeitos em aves foram detectados no estado

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 Maio 2023, 17h08 - Publicado em 19 Maio 2023, 11h54

O Ministério da Saúde informou na tarde desta sexta-feira, 19, que dois casos suspeitos de infecção pela gripe aviária H5N1 estão em investigação no Espírito Santo. Um terceiro possível episódio foi descartado. Mais cedo, a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) disse que um dos pacientes já estava sem sintomas gripais e poderia sair do isolamento domiciliar nesta sexta-feira, caso não tivesse alteração do quadro. Segundo a pasta, 26 aves do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhas (Ipram) tiveram de ser sacrificadas como medida preventiva. Outras quatro aves, da espécie trinta-réis de bando, apresentaram sintomas da doença e estão sendo monitoradas.

Nesta quarta-feira, 17, a Sesa anunciou que monitorava 33 pessoas que poderiam ter sido expostas ao vírus por contato com aves infectadas e que uma apresentou sintomas gripais leves. Os casos suspeitos foram identificados na capital, Vitória, em funcionários do Parque Fazendinha, unidade municipal com 23 mil m².

De acordo com a secretaria, amostras dos possíveis infectados foram encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES) e para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os resultados devem ser divulgados na próxima semana.

Na última segunda-feira, 15, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) emitiu alerta sobre os primeiros casos detectados no Brasil da Influenza aviária H5N1 em três aves silvestres no litoral do estado. Os quatro novos possíveis casos registrados em aves foram encontrados nos municípios de Nova Venécia, Itapemirim, Linhares e Vitória.

A secretaria informou que procedimento de eutanásia das 26 aves foi realizado para evitar o risco de transmissão local e ocorreu com acompanhamento de um médico-veterinário “sem dor e com o mínimo de estresse”.

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“A Sesa esclarece que as pessoas que tiveram contato com as aves diagnosticadas com a gripe aviária (vírus H5N1) devem ser monitoradas se apresentarem sintomas gripais pelo período de dez dias a partir do contato com a ave contaminada ou com suspeita de contaminação”, informou, em nota. “A população deve evitar estritamente contato com aves doentes ou mortas, incluindo aves silvestres.”

Pior surto de H5N1

Em fevereiro, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou sobre os riscos de uma epidemia de gripe aviária diante do pior surto da doença desde os anos 1990. Entre outubro de 2021 e o mês passado, foram contabilizados mais de 42 milhões de casos da doença em aves, causando 15 milhões de mortes. Outros 193 milhões de animais tiveram de ser sacrificados. No final de março, foi confirmado o primeiro caso da infecção em um ser humano no Chile.

Até o momento, não há episódios conhecidos de transmissão de humano para humano. Mesmo assim, o tema preocupa a comunidade científica, pois as vacinas atuais contra a gripe protegem apenas contra as cepas H1N1 e H3N2 da Influenza. Além disso, existe a possibilidade de adaptação do vírus, algo que faz parte da natureza desses microrganismos, ou ocorrer um surto desencadeado pelo alto número de casos entre aves de criação e o contato frequente de humanos com os animais.

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