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Câncer de pênis: estudo brasileiro aponta novo caminho para tratamento

Ensaio mostrou que a combinação entre imunoterapia e quimioterapia foi responsável por algum grau de redução do volume tumoral em 75% dos pacientes

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 jun 2024, 19h18

Um estudo brasileiro que apontou um novo caminho para o tratamento para o câncer de pênis avançado foi um dos destaques entre as apresentações orais nesta segunda-feira, 3, durante a reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês), maior evento médico dedicado ao tema no mundo. Conduzido pelo oncologista Fernando Maluf, do Hospital Israelita Albert Einstein e fundador do Instituto Vencer o Câncer, o ensaio com 33 pacientes mostrou que a combinação entre imunoterapia e quimioterapia foi responsável por algum grau de redução do volume tumoral em 75% dos pacientes e quase 40% apresentaram diminuição significativa da lesão.

O estudo Hercules, que envolveu 11 centros de pesquisa brasileiros e foi realizado pelo Grupo Latino-Americano de Oncologia Cooperativa (Lacog), teve início em 2020 e acompanhou os pacientes que receberam seis aplicações de imunoterapia e quimioterapia. Terminado o ciclo, eles continuaram fazendo imunoterapia até chegar a 34 aplicações. Os voluntários realizaram exames de imagem a cada seis semanas.

“O câncer de pênis avançado tem uma sobrevida menor que seis a sete meses e, nas últimas décadas, nenhum tratamento eficaz foi desenvolvido. O nosso trabalho avaliou uma nova forma de tratamento: a qumioterapia aliada a uma nova droga, um quimioterápico chamado pembrolizumabe, que estimula os linfócitos, as células de defesa, a atacar o tumor de forma mais veemente e sinérgica com a quimio”, explica Maluf.

Segundo o oncologista, a taxa de resposta dobrou e o grupo observou que doença se manteve controlada depois de dois anos.

Câncer de pênis

Embora seja um tipo raro, o câncer de pênis é uma doença grave e que causa impactos na qualidade de vida e na autoestima de homens. Relacionado a problemas de higiene íntima e infecção pelo papilomavírus humano (HPV), o tumor pode levar à amputação do órgão em casos mais graves.

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“O Brasil tem a maior incidência de câncer de pênis no mundo. A incidência nos países em desenvolvimento é dez vezes maior do que nos países desenvolvidos. É um problema de saúde pública que precisa ser endereçado”, afirma Maluf.

No ano passado, o país contabilizou 651 amputações parciais ou totais de pênis e 454 mortes por câncer no órgão. “Vale lembrar que, por aqui, o câncer de pênis representa 2% de todos os tipos que atingem os homens”, comenta Denis Jardim, líder nacional de especialidade tumores urológicos da Oncoclínicas.

Sinais de alerta para câncer de pênis

  • Ferida ou úlcera persistente;
  • Tumoração na glande (cabeça do pênis)
  • Tumoração na pele que cobre a glande
  • Tumoração no corpo do pênis
  • Secreção branca (esmegma)
  • Aumento anormal do tecido da glande
  • Presença de gânglios inguinais (ínguas na virilha) e/ou nódulos também devem ser observados, pois podem indicar metástase (quando o câncer se espalha para outras partes do corpo)
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Fatores que aumentam o risco para a doença

  • Baixas condições socioeconômicas e/ou de instrução
  • Má higiene íntima
  • Estreitamento do prepúcio
  • Homens que não se submeteram à circuncisão (remoção do prepúcio, a pele que reveste a glande – a cabeça do pênis)
  • Infecção pelo papilomavírus humano (HPV)
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