Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99

Atividade física é antídoto para ansiedade

Um dos maiores estudos epidemiológicos do mundo indica que a prática regular de atividade física reduz em 60% o risco de desenvolver o distúrbio

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 set 2021, 17h21

Um estudo dos maiores estudos epidemiológicos do mundo mostrou que a prática regular de atividade física reduz em cerca de 60% o risco de desenvolver ansiedade. O impacto parece ser especialmente benéfico para mulheres. Os resultados foram publicados na revista científica Frontiers in Psychiatry.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores na Suécia analisaram dados de quase 400.000 pessoas que participaram da maior corrida de esqui cross-country do mundo, a Vasaloppet. Os resultados mostraram que aqueles que participaram do evento tiveram um “risco significativamente menor” de desenvolver ansiedade em comparação com não esquiadores durante o mesmo período.

“Descobrimos que o grupo com um estilo de vida mais ativo teve um risco quase 60% menor de desenvolver transtornos de ansiedade ao longo de um período de acompanhamento de até 21 anos. Essa associação entre um estilo de vida fisicamente ativo e um menor risco de ansiedade foi observada em homens e mulheres” disseram as pesquisadoras Martine Svensson e Tomas Deierborg, ambas do Departamento de Ciências Médicas Experimentais da Universidade de Lund, na Suécia.

Embora o desempenho de um esquiador não pareça afetar o risco de desenvolver ansiedade, os pesquisadores observaram que as mulheres com melhor desempenho no esporte apresentavam quase o dobro do risco de desenvolver transtornos de ansiedade em comparação com aquelas em um nível de desempenho inferior. No entanto, mesmo entre esse grupo, o risco total de desenvolver ansiedade ainda era menor do que entre as mulheres fisicamente inativas na população em geral.

“A prática de exercício e os sintomas de ansiedade são provavelmente afetados por fatores genéticos, psicológicos e traços de personalidade, fatores de confusão que não foram possíveis de investigar em nossa coorte. Estudos que investigam os fatores que levam a essas diferenças entre homens e mulheres no que diz respeito a exercícios extremos e como isso afeta o desenvolvimento da ansiedade são necessários, escreveram os autores. Segundo eles, a maioria dos estudos que avalia o papel da atividade física foca em depressão ou saúde mental em geral, mas não na ansiedade. Além disso, eles costumam incluir principalmente homens.

Continua após a publicidade

Estima-se que os transtornos de ansiedade – que normalmente se desenvolvem no início da vida de uma pessoa – afetem aproximadamente 10% da população mundial e sejam duas vezes mais comuns em mulheres do que em homens. O Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo. E embora o exercício seja apresentado como uma estratégia promissora para o tratamento da ansiedade, pouco se sabe sobre o impacto da dose, intensidade ou nível de aptidão física do exercício sobre o risco de desenvolver transtornos de ansiedade.

Embora o estudo tenha avaliado esquiadores, os autores acreditam que os resultados podem ser extrapolados para outros tipos de exercício. “Achamos que esse grupo de esquiadores é um bom indicador para um estilo de vida ativo”, disseram. Eles ressaltaram também que o fato da atividade ser praticada ao ar livre pode ter um impacto positivo nestes índices. Diversos estudos mostram que o contato com a natureza é benéfico para o bem-estar e a saúde mental.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.