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Após Estados Unidos, Argentina anuncia saída da OMS

Decisão foi divulgada durante coletiva de imprensa na Casa Rosada por Manuel Adorni, porta-voz do presidente Javier Milei

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 fev 2025, 14h24 - Publicado em 5 fev 2025, 11h48

O governo da Argentina anunciou nesta quarta-feira, 5, a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS), seguindo movimento realizado pelos Estados Unidos logo após a posse do presidente Donald Trump. A confirmação foi feita por Manuel Adorni, porta-voz do presidente Javier Milei, em coletiva de imprensa na Casa Rosada.

Ele informou que Milei instruiu Gerardo Werthein, ministro de Relações Exteriores, a conduzir a remoção do país dos membros que compõem a entidade e disse que a medida “se sustenta nas profundas diferenças a respeito de questões sanitárias, especialmente durante a pandemia (de covid-19)”.

Em discurso, Adorni criticou não só a atuação da entidade, como citou a gestão do ex-presidente Alberto Fernández durante a crise sanitária, que teria afetado a independência de alguns estados argentinos.

“Os argentinos não vão permitir que organismos internacionais intervenham na nossa soberania e muito menos na nossa saúde.”

Ele afirmou que a Argentina não recebe financiamento da OMS para questões sanitárias e que a medida “não representa perda de fundos para o país nem afeta a qualidade do serviço”.

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“Pelo contrário, dá ao país mais flexibilidade para implementar políticas adaptadas para seu contexto e interesses, além de maior disponibilidade de recursos que reafirmam nosso caminho a ser um país com soberania também em materiais de saúde”, disse. Para finalizar, citou uma frase creditada ao presidente: “As decisões na Argentina são tomadas pelos argentinos”.

A reportagem de VEJA entrou em contato com a OMS, que informou que está apurando informações sobre o episódio.

Saída dos EUA da OMS

No primeiro dia de seu segundo mandato, o republicano Donald Trump concretizou a saída dos Estados Unidos da OMS também alegando divergências com medidas adotadas pela entidade durante a pandemia, considerada a maior crise sanitária deste século e que resultou na morte de mais de 7 milhões de pessoas ao redor do mundo.

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Essa decisão foi avaliada por especialistas como um duro golpe em políticas de saúde e controle da disseminação de doenças por impactar na troca de informações sobre patógenos em circulação e no orçamento da OMS.

Sem contar as taxas de associação, os Estados Unidos eram o principal financiador da entidade, com doações que correspondiam a 20% do orçamento de 6,8 bilhões de dólares.

A OMS alertou sobre o risco de o HIV, vírus causador da aids, virar uma “ameaça global” por afetar programas cruciais para a oferta de tratamento para mais de 30 milhões de pessoas, especialmente em países de baixa e média renda, incluindo o Brasil.

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Na última segunda-feira, 3, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus anunciou um pacote de ações para a redução de custos com o intuito de priorizar programas da OMS. Renegociação de contratos para aquisição de insumos e congelar o recrutamento de novos profissionais de saúde estão entre as medidas.

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