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AMB repudia atos obscenos de estudantes de medicina da Unisa

Vídeos de jogos universitários mostraram alunos com genitais expostos e simulação de masturbação; universidade diz que expulsou identificados

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 set 2023, 16h57 - Publicado em 19 set 2023, 16h52

A Associação Médica Brasileira (AMB) emitiu uma nota nesta terça-feira, 19, repudiando o ato obsceno de um grupo de alunos do curso de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa). Durante os Jogos Universitários de  São Carlos, no interior paulista, os estudantes foram gravados em vídeo invadindo um ginásio onde ocorria uma partida de vôlei entre equipes femininas. Eles correram, baixaram as bermudas e  exibiram os genitais. Também em nota, a  universidade classificou o ato como execrável e informou que os alunos identificados até o momento foram expulsos.

O caso veio à tona nesta segunda-feira, 18, com a veiculação de vídeos de uma partida de vôlei feminino com participantes de outra instituição. Na arquibancada, estavam alunos do time de futsal masculino que baixaram os calções e exibiram os genitais. O grupo simulou ainda masturbação coletiva. Eles também invadiram a quadra e fizeram um tipo de volta olímpica com os órgãos sexuais à mostra.

Os jogos universitários na cidade de São Carlos ocorreram entre 28 de abril e 1º de maio. “É absolutamente necessário que estas instituições sejam totalmente transparentes nas penalidades aplicadas a estes alunos. Preocupa-nos a demora na tomada de atitude, que só veio a público após a ampla divulgação das imagens nas mídias digitais”, disse, em nota, a AMB.

A entidade afirmou ainda que a profissão exige, além do conhecimento técnico e científico, “um comportamento pautado no respeito, na ética e no humanismo” e que os estudantes de medicina devem seguir os mesmos princípios.

Com a divulgação das cenas nas redes, a Polícia Civil do Estado de São Paulo instaurou uma investigação para identificar os suspeitos de prática de atos obscenos e solicitou informações às universidades envolvidas e à Secretaria de Esportes da Prefeitura Municipal de São Carlos.

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Em sua conta no X, antigo Twitter, o ministro da Educação Camilo Santana disse que determinou que a notificação da Unisa para que as providências tomadas pela instituição fossem apuradas sob pena de adoção de medidas disciplinares. “É inadmissível que futuros médicos ajam com tamanho desrespeito às mulheres e à civilidade”, declarou.

Em comunicado assinado pelo reitor Eloi Francisco Rosa, a Unisa disse que está contribuindo com as investigações e que aplicou a punição mais severa prevista em seu regimento com a expulsão dos alunos que foram identificados até o momento.

“A Unisa, instituição com mais de 55 anos de história, repudia veementemente esse tipo de comportamento, completamente antagônico à sua história e aos seus valores.”

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