Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

O negócio não pode parar

Hugh Jackman brilha no musical 'O Rei do Show' como a versão simpática de P.T. Barnum, o pioneiro da diversão populista, do marketing e da autopromoção

Por Isabela Boscov Atualizado em 4 jun 2024, 16h45 - Publicado em 29 dez 2017, 06h00

Ator dramático, super-herói, galã romântico, astro da Broadway, apresentador do Oscar e cara legal: não há artista, hoje, que reúna mais credenciais que o australiano Hugh Jackman para protagonizar um filme intitulado O Rei do Show (The Greatest Showman, Estados Unidos, 2017), já em cartaz no país. Produção opulenta com canções feitas para atores como Zac Efron, Michelle Williams, Rebecca Ferguson e Zendaya soltarem a voz, o musical recria, com amplas liberdades dramáticas, a trajetória de P.T. Barnum (1810-1891), figura tão fascinante quanto controversa que marcou a história americana a partir dos anos 1840. Com seus shows de aberrações, espetáculos de circo e golpes publicitários, Barnum é um pioneiro de invenções que estão na corrente sanguínea da cultura pop: o factoide, a autopromoção e o marketing.

Dirigido pelo estreante Michael Gracey e roteirizado por Bill Condon (diretor de Dreamgirls e A Bela e a Fera), O Rei do Show é deliciosamente compensador como musical, apesar de — ou pelo fato de — preferir a versão simplificada de Barnum, a do garoto pobre que desde pequeno sonhou grande, e que se vingou do desprezo com o sucesso. Mesmo o lance que tornou Barnum célebre — o circo com mulher barbada (a ótima Keala Settle), anões e homens tatuados ou obesos — é tratado pelo viés simpático da inclusão dos marginalizados. O Barnum verdadeiro, porém, foi um oportunista que bem antes dos 20 anos já começara a fazer fortuna com seu dom para criar negócios onde outros só viam problemas ou riscos, e que teria dito que “ninguém jamais perdeu dinheiro subestimando o gosto do público americano” (atribui-se a ele, ainda, o dito de que “a cada minuto nasce um novo idiota”). Por mais prazeroso que seja O Rei do Show, também esse Barnum não tão edificante mereceria seu próprio filme.

Publicado em VEJA de 3 de janeiro de 2018, edição nº 2563

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

3 meses por 12,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.