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"Walcyr Carrasco tem razão: precisamos aprender o que chamo de 'dignidade comunicativa'", diz Francisco Gomes de Matos, de Recife (PE)
Assuntos mais comentados
- Coluna de Walcyr Carrasco
- Os hackers da Lava-Jato
- Coluna de Roberto Pompeu de Toledo
- Entrevista com Flávio Dino
- O Plano Guedes (reportagem de capa)
PAULO GUEDES
Espero que o Plano Guedes (“Adeus, voo de galinha”, 31 de julho) seja algo concreto e ajude milhões de brasileiros a sentir a virtude de seu emprego. Que o Brasil encontre o caminho do trabalho digno, sem bicos humilhantes.
Maria M.J. Simões
São Paulo, SP
WALCYR CARRASCO
O artigo “Uma linguagem racista”, 31 de julho, de Walcyr Carrasco, é muito pertinente. Gostaria, porém, de alertar sobre certos exageros que podem gerar rejeição ao que está escrito. Em nossa mente, as cores branca e preta estão definitivamente associadas com determinadas ideias, de forma lógica e racional. Não é possível mudar isso e nem há razão para tanto. A cor branca, por exemplo, nos remete a pureza, limpeza, luz, leveza, alegria, vida etc. A cor preta, ao contrário, tem a ver com sombra, treva, depressão, mácula, sujeira, algo lúgubre, ruim ou mau, morte etc. Isso tudo tem a ver com a cor em si, e não com a pessoa branca ou negra. É preciso educar nossa mente para fazer essa distinção e poder identificar o que é realmente ofensa racial.
Maria Suely Moreira
Belo Horizonte, MG
Walcyr Carrasco tem razão: precisamos aprender o que chamo de “dignidade comunicativa”.
Francisco Gomes de Matos
Recife, PE
Que me perdoe Walcyr Carrasco, a quem admiro e respeito. Mas creio haver um exagero ao classificar certas palavras como “racistas”. Explica-se: o “claro” se traduz por algo límpido, luminoso, como um dia de sol. O tempo quando fecha fica escuro, com nuvens carregadas. Teremos de mudar todo o nosso vocabulário?
Olga Lotfi
Belo Horizonte, MG
Walcyr Carrasco, o novo colunista de VEJA, foi muito bem, arrasando com o racismo.
Fausto Ferraz Filho
São Paulo, SP
HACKERS
Políticos e ministros estão apavorados com a possibilidade de ter suas conversas divulgadas (“Estelionatários digitais”, 31 de julho). O conteúdo dessas conversas telefônicas e de eventuais trocas de mensagens via redes sociais pode levar muita gente para a cadeia. As redes sociais mostram mais uma vez o seu poder. Primeiro elegeram Bolsonaro, que não participou de nenhum debate na televisão, por exemplo. Haddad e o PT ficaram totalmente expostos nessas teias virtuais. Agora estão expondo autoridades que têm negócios ilícitos e fazem manobras mirabolantes para ganhar cada vez mais poder e dinheiro. Quem diria que a internet teria esse poder todo.
José Carlos Saraiva da Costa
Belo Horizonte, MG
O falecido ministro Teori Zavascki dizia que, na Lava-Jato, puxando uma pena vinha uma galinha. Agora, puxando uma linha telefônica vem um hacker.
Paulo Sergio Arisi
Porto Alegre, RS
O fundamental é saber quem foi hackeado, e não o que foi hackeado. Assim poderemos ter noção de onde veio o vento.
Cecilia Centurion
São Paulo, SP
Carlos Bolsonaro é um fake, que só engana bem o papai. No dia da posse, já atestava a sua certeza sobre a “incompetência” do GSI, motivo pelo qual se pôs de guarda-costas de Bolsonaro na limusine presidencial. Foi um lance estranho e ridículo, ainda mais porque só mesmo as costas ele guardava, a frente ficou por conta dos “incompetentes”. Nessa recente invasão de hackers a telefones de autoridades, inclusive do presidente, o general Heleno informou que o GSI tem um sistema seguro de ligações para uso da Presidência e de outras autoridades, que não está sendo utilizado. A imprensa abandonou esse dado no dia seguinte e nunca mais se falou a respeito. Creio que o conselheiro para tais assuntos seja o Carlos, que achou melhor o presidente correr o risco de ser hackeado do que ter ligações controladas pelos “incompetentes”. Institucionalmente, isso é um crime. A Presidência é uma instituição e não pode dispensar o que a lei lhe impõe, não como direito opcional, mas como dever de proteção.
Paulo Roberto Santos
Niterói, RJ
ROBERTO POMPEU DE TOLEDO
Uma vez mais Roberto Pompeu de Toledo (“Vai ou não vai?”, 31 de julho) interpretou bem o que muita gente pensa. Para presidente, é verdade, votamos para afastar a serpente do PT — ganhamos, no entanto, uma família. Não é preciso ser inteligente (nem hambúrguer fritar) para entender o ponto a que chegamos. Onde vamos parar?
Ronaldo Ewald Martins
Vitória, ES
FLÁVIO DINO
O governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB (“ ‘Bolsonaro me fez um grande favor’ ”, 31 de julho), revela-se um caso exemplar de autoengano. Apesar das frequentes impropriedades ditas por Bolsonaro, é ainda mais incrível que um governador possa, nos dias de hoje, filiar-se a uma ideologia que se revelou uma enorme fraude intelectual da história. Não obstante a narrativa pretensiosa de que o socialismo e o comunismo buscam o humanismo, a justiça, a liberdade, tais sistemas na realidade significaram um flagelo que ceifou a vida de dezenas de milhões de pessoas, além dos seus muitos efeitos adversos, como a pobreza e a desorganização dos sistemas de produção, entre outras tantas consequências nefastas. Flávio Dino, que não encontra soluções viáveis para o sofrido Maranhão que governa, tem agora a presunção de substituir o tosco Bolsonaro na Presidência da República.
José Assis Simões Utsch
Curitiba, PR
O governador Flávio Dino não pode se vangloriar de nada. O Maranhão é um dos estados mais pobres do Brasil e seus índices de bem-estar social são os mais miseráveis. A terrível desigualdade social é consequência dos péssimos governos que o Maranhão tem experimentado nos últimos anos. Não vejo esse senhor como um exemplo de bom candidato a futuro presidente do Brasil.
Károly J. Gombert
Vinhedo, SP
“O que algumas jovens de hoje, como Anitta (Veja Essa, 31 de julho), comentam publicamente sobre a própria vida sexual é de ruborizar, para não dizer escandalizar. É uma vulgarização desnecessária de algo tão especial como são as relações amorosas.”
Jane Maria de Andrade Araújo, Brasília, DF
FEMINISMO
É triste constatar que, em pleno século XXI, a visão de muitos estadunidenses sobre as mulheres continua tão sexista e ultrapassada, como retrata a reportagem “A poucos passos da igualdade”, de 24 de julho. Mesmo com os avanços ao longo dos anos, não só os Estados Unidos como o mundo todo ainda têm muito que evoluir.
Luiza Miranda
Salvador, BA
Publicado em VEJA de 7 de agosto de 2019, edição nº 2646