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A excelente reportagem “Temporada de cachorro louco” retrata a pseudodemocracia em que vivemos, diz Rodrigo Helfstein

Por Da Redação Atualizado em 5 ago 2017, 06h00 - Publicado em 5 ago 2017, 06h00

Assuntos mais comentados

– A difamação política nas redes sociais (capa)
– Artigo “No morro”, de J.R. Guzzo
– O destino do presidente Michel Temer
– Revelações do doleiro-delator Alberto Youssef
– Rosely Sayão (Entrevista)


Gangues digitais

A excelente reportagem “Temporada de cachorro louco” (2 de agosto) retrata a pseudodemocracia em que vivemos. É claro que expressar opiniões sem nenhum fundamento não constitui liberdade de expressão. Mas os comentários e as críticas abalizados devem ser bem recebidos e jamais sofrer retaliação.
Rodrigo Helfstein
São Paulo (SP), via smartphone

Nenhum dos lados dessa batalha infame denota diferença. Todos são incoerentes, contraditórios e desconexos. Estamos em uma época em que o anonimato ajuda os cães a ladrar, atacar e, por que não, revirar a carniça uns dos outros.
Diogo Peixoto da Silva
Araguari, MG

Existem muitas coisas em comum entre as gangues virtuais e as torcidas (gangues) organizadas: 1) a irracionalidade é pré-requisito para participar delas; 2) nas virtuais, o país está em segundo plano; nas organizadas, os clubes é que ficam à deriva.
Carlos Eustáquio de Almeida Nunes
Belo Horizonte, MG

De maneira geral, em defesa de suas ideias, o gênero humano é passional antes de ser racional. Quando havia apenas livros para a comunicação de massa, via de regra, buscava-se maior elaboração de conceitos. Hodiernamente, quando qualquer mentalidade é capaz de registrar ao coletivo suas idiossincrasias e sua — rasa — dialética, não é de estranhar a proliferação exponencial de haters (aqueles que odeiam). Em um exercício crítico de nossa história, parece que a tecnologia da informação avança de modo inversamente proporcional ao conteúdo veiculado. Preocupante e deplorável.
Cleberton O. Garmatz
Santo Ângelo, RS

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Discordo do autor da reportagem. Os principais candidatos possuem, sim, controle sobre articulistas das redes sociais. Em maior ou menor grau. Franklin Martins foi coordenador de ações do PT na mídia e nas redes sociais. João Doria e Jair Bolsonaro também têm seus coordenadores. A diferença é que o PT pagava — e paga — a jornalistas, blogueiros e alguns cachorros loucos.
Marcelo Hecksher
Brasília (DF), via tablet


J.R. Guzzo

O articulista J.R. Guzzo sempre nos brinda com um texto brilhante. Desta vez ele se superou. No artigo “No morro” (2 de agosto), ele tece considerações sobre a atual política brasileira. Entre as pérolas do arrazoado, cito: 1) as disputas na política brasileira continuam sendo apenas uma briga interna de quadrilhas cujo propósito comum é saquear o Tesouro Nacional; 2) a exemplo do que acontece nos morros, onde os bandidos brigam pelos pontos de tráfico, os políticos brigam pelos pontos de poder; 3) o “projeto político” mais precioso do PT será lutar pelo “financiamento público” das campanhas, talvez o maior ato de escroqueria já tentado na história do Brasil. É difícil ler algo tão objetivo, correto, conciso e verdadeiro.
Ernani Cunha
Rio de Janeiro, RJ

Sempre direto e contundente, J.R. Guzzo sintetizou o quadro atual da política nacional. De fato, estamos assistindo a lutas intestinas na disputa pelos pontos de poder entre traficantes, que se digladiam pelas mais valiosas posições e se associam na defesa do status quo. Como declarou outro comensal da choldra, Alberto Youssef, “o Brasil não vai mudar”.
Tais Tinucci
São Paulo (SP), via smartphone

Imperdível o artigo de J.R. Guzzo! Só acrescentaria um detalhe: de nada adianta tirar Michel Temer para pôr Rodrigo Maia — é trocar seis por meia dúzia!
Maria Hebe Pereira de Queiroz
São Paulo, SP

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Destino de Michel Temer

O presidente Michel Temer é um político profissional com grande experiência em tratar até com bandidos, como ele mesmo declarou. Por esse motivo o recente “apoio” na Câmara (“Arquivamento à vista”, 2 de agosto). Se o presidente conseguir chegar ao fim de seu mandato com as reformas feitas, sua missão estará cumprida e ele será lembrado pela história como um estadista. Sua cultura, educação e finesse o diferenciam de sua antecessora, e esse pode ser o motivo pelo qual a classe média o suporta e tem paciência para esperar até as eleições de 2018.
Mário Negrão Borgonovi
Rio de Janeiro, RJ

Deputados federais comprovam que legislam em prol de interesses próprios ao se vender a Temer.
Mônica Delfraro David
Campinas, SP


Alberto Youssef

.
DEMOLIDOR – Afirma o doleiro Alberto Youssef: “Eu tive a coragem de falar. Era evidente que Lula e Dilma sabiam de tudo (sobre a corrupção na Petrobras)” (Jefferson Coppola/VEJA)
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O doleiro Alberto Youssef disse que nunca roubou, tirava sua comissão e mandava o dinheiro roubado a quem devia. A entrevista de Youssef a VEJA (“Eu disse que derrubaria a República. E derrubei”, 2 de agosto) é tão lúdica que poderia ser publicada na página do Sensacionalista.
Abel Pires Rodrigues
Rio de Janeiro, RJ

Não soubéssemos quem é Alberto Youssef, poderíamos até ficar com pena do “honesto” doleiro. Algumas vezes, as pessoas acreditam que não ter ficado com dinheiro para si as isenta de responsabilidade por ações cometidas junto a grupos criminosos. Para Youssef, João Vaccari é “um cara correto”, pois “o dinheiro roubado entrava e ele mandava para o PT”. No país onde o poste faz xixi no cachorro, talvez isso seja correto mesmo!
Humberto Catão
Belo Horizonte, MG

Se Youssef queria preservar a família, não deveria ter se metido nesse apavorante megaesquema de corrupção. Por outro lado, colaborou com a Justiça delatando os companheiros de trapaças: portanto, é delator e alcaguete.
Alberto de Souza Bezerril
Natal, RN

“A despeito de suas ações ‘profissionais’ nada exemplares, Alberto Youssef ainda será lembrado como um dos protagonistas da queda de um Brasil corrupto. Sem dúvida, ele é um iconoclasta destemido e vingador.”

Alice L. Silva Foz do Iguaçu, PR

Rosely Sayão

Parabéns pela excelente entrevista com a psicóloga e educadora Rosely Sayão (“Só os pais obedecem”, 2 de agosto). Ela pôs o dedo na ferida viva que é a educação no Brasil. A entrevista nos obriga a refletir profundamente sobre a forma de educar nossas crianças. Com simplicidade, respeito e muito amor, podemos dar a elas maravilhosos momentos em sua vida, agregando a tudo isso a educação como um fator a mais, que completará a sua formação como ser humano feliz e capaz em todos os sentidos. Parabenizo VEJA pela coluna mensal assinada pela psicóloga.
Celson G. Ferreira
Lauro de Freitas, BA

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Rosely, seja bem-vinda às páginas de VEJA. Você dará uma boa contribuição aos futuros leitores da revista. Sou inspetor de alunos em escola pública e sei da importância de suas palavras na educação. O futuro do Brasil precisa de mais gente como você.
Waldomiro Tarcísio Padilha de Oliveira
Curitiba, PR

Cumprimento a psicóloga Rosely Sayão por seu trabalho edificante de terapeuta de família e suas posições claras e precisas sobre as distorções educacionais, ditas modernas. Sem dúvida, sem um limite bem estabelecido do que é dado nas escolas, teremos distorções na formação do jovem do amanhã.
Cláudio Cals
Rio de Janeiro, RJ


Matemática

Com relação à reportagem “Esta turma só pensa naquilo” (19 de julho), a respeito da Olimpíada Internacional de Matemática (IMO), que muito acertadamente estimula os jovens a gostar da matéria, quero acrescentar que, dos seis alunos que representaram o Brasil, dois frequentam o Colégio Ari de Sá Cavalcante, de Fortaleza, no Ceará: Davi Cavalcanti Sena, 17 anos, e Bruno Brasil Meinhart, 16 anos, o caçula da equipe, vale registrar. Como ex-professor de matemática, sei que precisamos ensinar melhor a disciplina, apresentando aplicações na vida real e despertando assim maior interesse em crianças e jovens.
Oto de Sá Cavalcante
Diretor-presidente do Colégio e da Faculdade Ari de Sá Cavalcante


Cultura

O Instituto Moreira Salles inaugurou seu centro cultural do Rio de Janeiro em 1999 e, desde então, tem promovido exposições, cursos, shows e atividades. Não houve reabertura em 2015 (“Contra a crise, museus”, 26 de julho).
Bárbara Giacomet de Aguiar
Instituto Moreira Salles
Rio de Janeiro, RJ

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Beleza

Parabenizo a jornalista Isabela Izidro pela oportuna e atualizada reportagem “Adeus, martelo” (2 de agosto), sobre a rinoplastia ultrassônica. Sou cirurgião plástico, e minha experiência é similar à do colega francês Olivier Gerbault, porém com o uso de laser. Bem, atualmente se faz a rinoplastia estruturada — uma cirurgia estética aliada a um tratamento funcional. Há trinta anos, as rinoplastias eram meio padronizadas. Hoje em dia, a cirurgia é adequada ao paciente, ou seja, o nariz é operado para que o resultado fique o mais harmônico possível com o rosto. Um rosto bonito está relacionado com a boa proporção da face. Não dá para fazer o mesmo nariz em todos os pacientes.
Moises Wolfenson
Recife (PE), via smartphone


Usain Bolt

Sobre a reportagem “O enigma Bolt” (2 de agosto), a resposta à questão “por que ele foi tão dominante?” é simples: observe-se uma criança passeando de mãos dadas com um adulto. Enquanto o adulto dá um único passo, a criança tem de dar uns três passos para acompanhá-lo. O velocista jamaicano Usain Bolt tem praticamente 2 metros de altura, enquanto todos os seus concorrentes medem em torno de 1,70 metro. Assim, eles têm de dar muito mais passadas que Bolt para vencê-lo. Na Olimpíada do Rio de Janeiro, em vídeos exibidos em câmara lenta, ficou bem claro que a velocidade das passadas do grande concorrente André De Grasse era maior que a de Bolt, cujo tamanho “absurdo” das pernas compensava esse fator e levava seu corpo à frente do de Grasse. Por que existe categoria de pesos para os judocas e em tantas outras modalidades? Porque o peso influencia na obtenção do resultado, e, assim, seria injusto um judoca de 75 quilos lutar com um de 100 quilos. É fácil concluir que as corridas também deveriam ser categorizadas por altura, pois o comprimento das pernas é crucial para o êxito.
Evando Matos
Belo Horizonte, MG


Página Aberta

No artigo “Complexo de Peter Pan” (Página Aberta, 2 de agosto), o professor Paulo Feldmann registra: “Ainda na infraestrutura, não podemos conviver com a energia elétrica, cuja tarifa é uma das mais altas do mundo e cujo índice de falhas é comparável apenas ao de algumas regiões da África”. Dada a generalização do tema, sem sequer se ater à questão tributária incidente, e a bem do conhecimento, esclareço que o Brasil é dotado de arcabouço legal regulatório consistente, com agência reguladora e fiscalizadora autônoma, em que as regras são rigidamente aplicadas. Quanto ao segmento de transmissão, informo que nossos indicadores da qualidade dos serviços fiscalizados são de 99,91% para as linhas de transmissão que compõem a rede básica e de 99,72% se incorporados os equipamentos das subestações. Apesar da dificuldade financeira devido à intervenção governamental no setor, houve esforço redobrado das transmissoras para manter a qualidade na prestação do serviço.
Mario Dias Miranda
Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate)


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Só pode­rão ser publi­ca­das na edi­ção ime­dia­ta­men­te seguin­te as car­tas que che­ga­rem à reda­ção até a quar­ta-feira de cada sema­na.

Publicado em VEJA de 9 de agosto de 2017, edição nº 2542

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