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Estado da desunião

Em sua mensagem ao Congresso, Trump reforçou novo padrão presidencial de agradar apenas à sua base eleitoral — que hoje representa quatro em dez americanos

Por Diogo Schelp Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 17h12 - Publicado em 2 fev 2018, 06h00

Os cidadãos americanos não costumam esperar grandes surpresas do discurso sobre o Estado da União, o balanço anual feito pelo presidente no início de cada ano legislativo. Em geral, os governantes usam essa ocasião para dar uma exageradinha nas realizações do ano anterior, apresentar as prioridades para o futuro próximo e fazer declarações que agradem tanto aos correligionários quanto à oposição. Uma leitura superficial da mensagem de oitenta minutos do presidente Donald Trump ao Congresso na terça-feira 30 pode passar a ideia de que ele seguiu essa tradição. Afinal, Trump falou dos avanços na economia do país e defendeu a necessidade de governar para todos os americanos. Mas essa impressão só se sustenta porque sua atuação compulsiva e confrontadora nas redes sociais estabeleceu um padrão muito baixo do que se espera do comportamento do presidente.

Na essência, o discurso de Trump foi uma afronta aos temas caros à oposição, por fazer pouco-caso de centenas de milhares de imigrantes que entraram nos Estados Unidos quando eram crianças e buscam uma opção para permanecer legalmente no país. Foi também um desafio à lógica dos fatos, por insistir em disparates como o de que a reforma tributária aprovada no ano passado foi a maior da história americana (foi a oitava). O Estado da União de Trump funcionaria melhor como discurso de comício eleitoral.

Publicado em VEJA de 7 de fevereiro de 2018, edição nº 2568

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