Weintraub é reeleito diretor-executivo do Banco Mundial por mais dois anos
Ex-ministro da Educação foi indicado pelo governo Bolsonaro para 'mandato-tampão' em junho; reeleição garante vaga até 2022
O Banco Mundial anunciou nesta sexta-feira, 30, que o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi reeleito diretor-executivo da entidade.
O mandato de dois anos começa no domingo. Weintraub já ocupava a diretoria-executiva do banco como substituto, em uma espécie de “mandato-tampão” que termina neste sábado (31).
Em comunicado, o banco afirmou que Weintraub foi reeleito como representante de Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago. No texto, a instituição explica que “Diretores Executivos não são funcionários do Banco Mundial. Eles são nomeados ou eleitos pelos representantes dos nossos acionistas”.
Weintraub deixou o cargo de ministro em junho deste ano, e diz ter recebido um convite, referendado por Bolsonaro, para ser o diretor representante do Brasil e de outros oito países no Banco Mundial. O salário anual previsto é de US$ 258.570, o equivalente hoje a R$ 115,8 mil por mês sem décimo terceiro, ou mais de três vezes o salário atual do ministro, de R$ 31 mil.
Em junho, quando a indicação veio a público, a associação de funcionários do Banco Mundial chegou a emitir uma carta aberta ao comitê de ética da instituição pedindo que a nomeação fosse suspensa.