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Uma fonte poderosa e inesgotável a serviço da reeleição de Bolsonaro

Sem conseguir alcançar Lula nas pesquisas, presidente acelerou o anúncio de medidas eleitorais, que já ultrapassam a casa dos 300 bilhões de reais

Por Daniel Pereira, Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 jul 2022, 08h34 - Publicado em 24 jul 2022, 10h46

Único presidente a estar atrás nas pesquisas a menos de três meses da votação, entre todos os que tentaram renovar o mandato, Jair Bolsonaro (PL) resolveu honrar uma tradição nacional e apelar à força da máquina pública para recuperar terreno. Num primeiro momento, ele ampliou a margem para gastos no ano eleitoral de 2022, baixou impostos, antecipou o pagamento do 13‘ salário a aposentados e pensionistas do INSS e autorizou o saque de até 1000 reais para trabalhadores com saldo em suas contas de FGTS. O objetivo era baratear preços e colocar dinheiro nas mãos das famílias.

“O grande diferencial deste governo é que ele não faz tudo pensando em eleição. Bolsonaro vai ser reeleito por uma combinação de fatores, como estabilidade, respeito ao teto de gastos e credibilidade”, disse a VEJA em março o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Na época, Nogueira estimava que o chefe empataria com Lula em maio e ultrapassaria o petista durante o período das convenções partidárias, que começaram oficialmente na quarta-feira, 20.

Até agora, o prognóstico não se confirmou, e o ministro, que é um dos coordenadores da campanha à reeleição, endossou a estratégia de Bolsonaro de desrespeitar o teto de gastos, colocar em xeque a credibilidade da política fiscal, acentuar o uso da máquina pública e lançar um novo pacote de 41 bilhões de reais destinado, entre outras coisas, a ampliar o Auxilio Brasil e bancar um benefício mensal de 1000 reais a caminhoneiros autônomos.

Por enquanto, as medidas eleitorais de Bolsonaro, que são tema da reportagem de capa da nova edição de VEJA, já superam a casa dos 300 bilhões de reais, sendo que boa parte delas estourará no colo do vencedor da eleição. As novas benesses ainda não começaram a ser desembolsadas, o que ocorrerá a partir de agosto, mas o mero debate do assunto parece ter favorecido o mandatário. Pesquisa Genial/Quaest realizada entre 29 de junho e 2 julho mostrou que a desvantagem do presidente para Lula caiu de 16 para 14 pontos porcentuais.

No geral, parece pouco e está dentro da margem de erro, mas, descendo aos detalhes, detectou-se uma redução significativa da dianteira do petista entre os nordestinos, as mulheres e os eleitores com renda de dois a cinco salários mínimos. A diferença nesses segmentos caiu, respectivamente, 16 pontos, 9 pontos e 7 pontos. Os dados foram colhidos duas semanas antes de o Congresso aprovar o pacote bilionário do presidente. Na época, 61% dos entrevistados já tinham conhecimento da possibilidade de aumento do valor do benefício do Auxílio Brasil e 46% sabiam da proposta de criação do subsídio para caminhoneiros.

A dúvida da classe política é se a iniciativa resultará em votos favoráveis a Bolsonaro em quantidade suficiente para ele vencer em outubro. Algum terreno ele deve ganhar, tanto que o PT está preparado para uma eleição em dois turnos.

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