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Todos a postos: o primeiro escalão do governo Bolsonaro

Composição contraria uma das principais promessas do presidente eleito, que anunciava que não teria mais que 15 auxiliares na esplanada - serão 22

Por Giovanna Romano Atualizado em 10 dez 2018, 17h09 - Publicado em 30 nov 2018, 10h51

O futuro ministério de Jair Bolsonaro (PSL) tem generais, economistas, políticos, um ex-juiz e até um astronauta. Em comum, todos compartilham de opiniões similares às do futuro chefe. A composição do gabinete já frustrou uma expectativa que o próprio presidente eleito criou durante a campanha: ele prometia ter não mais que quinze ministérios, mas terá 22 pastas com esse status. 

Conheça abaixo a trajetória de cada ministro (quilometragem política), o dinheiro disponível de cada pasta segundo a proposta orçamentária de 2019 (poder de octanagem), os envolvimentos em investigações e suspeitas (“lojinha de inconveniências”), os programas que ficarão sob responsabilidade de cada ministro (caixa de ferramentas) e frases que resumem o pensamento do primeiro escalão do próximo governo.


Paulo Guedes (Economia)

Paulo Guedes (Economia)

Quilometragem política: Economista com PhD pela Universidade de Chicago, sua experiência é no setor privado, onde atuava no mercado financeiro como sócio de um fundo de investimentos. Aproximou-se da política em 2017, quando flertou com  Luciano Huck, quando o global ainda avaliava lançar-se candidato. Depois, aproximou-se do grupo de Bolsonaro com a defesa do liberalismo e tornou-se seu guru para assuntos econômicos.

Poder de octanagem: Terá a chave do cofre de todo o governo, mas terá à sua disposição R$ 40.570.410.240, levando em conta os orçamentos  previstos para os ministérios da Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio, que serão fundidos na nova pasta.

Caixa de ferramentas: O ministério terá sob seu comando a Receita Federal, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e vai agregar alguns programas do extinto Ministério do Trabalho, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

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“Lojinha de inconveniências”: Investigado pelo Ministério Público Federal por suspeita de fraudes em negócios com fundos de pensão estatais. Ele nega qualquer irregularidade.

Tinha que vender tudo. Privatizar só no sapatinho, envergonhadamente, não

Ao defender a privatização de estatais, em maio deste ano

Mercosul não será prioridade. A gente não está preocupado em te agradar

Ao responder a uma repórter argentina, logo após a eleição de Bolsonaro

Onyx Lorenzoni (Casa Civil)

Onyz Lorenzoni (Casa Civil)

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Quilometragem política: Veterinário formado pela Universidade Federal de Santa Maria, está no quarto mandato de deputado federal pelo DEM-RS. Desde a campanha, é um dos auxiliares mais próximos de Bolsonaro.

“Lojinha de inconveniências”: Foi citado na delação da JBS como beneficiário de 100 mil reais em caixa dois na campanha de 2014.

Caixa de ferramentas: A Casa Civil será responsável por toda a articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional.

Quero pedir desculpas ao eleitor que confia em mim pelo erro cometido. Estou assumindo aqui como um homem tem de fazer.

Ao admitir tem recebido o recurso não contabilizado

Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública)

Sergio Moro (Justiça)

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Quilometragem política: O ex-juiz federal ganhou projeção ao liderar a operação Lava Jato e condenar à prisão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Poder de octanagem: R$ 17,7 bilhões, levando em consideração a fusão do Ministério da Justiça e do Ministério da Segurança Pública.

“Lojinha de inconveniências”: Responde no Conselho Nacional de Justiça por levantar às vésperas do primeiro turno o sigilo da delação do ex-ministro Antonio Palocci, considerado prejudicial ao PT; e pelo episódio em que atuou para impedir a libertação do ex-presidente Lula, que havia conseguido um Habeas Corpus durante plantão judiciário.

Caixa de ferramentas: Vai comandar a Polícia Federal, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e a Secretaria de Operações Policiais Integradas — criada para o novo governo. Também vai dividir as funções da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) com o Ministério da Cidadania

Jamais entraria para a política. Sou um homem de Justiça e, sem qualquer demérito, não sou um homem da política

Em entrevista ao Estado, dois anos e meio depois do começo da Operação Lava-Jato
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As regras atuais são muito restritivas pro posse de arma. “Posse” é a pessoa ter uma arma dentro de casa. Não ela sair por aí passeando com a arma.

Em entrevista ao G1, quando questionado sobre o Estatuto do Desarmamento

Ernesto Araújo (Relações Exteriores)

Ernesto Araújo (Relações Exteriores)

Quilometragem política: Diplomata e formado em Letras pela Universidade de Brasília, foi embaixador e diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty. Foi indicado com o apoio do intelectual ultraconservador Olavo de Carvalho.

Poder de octanagem: R$ 3,7 bilhões

Caixa de ferramentas: Responsável pela política externa e pelas relações exteriores do Brasil, incluindo acordos comerciais e negociação de convenções internacionais.

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Quero ajudar o Brasil e o mundo a se libertarem da ideologia globalista. Globalismo é a globalização econômica que passou a ser pilotada pelo marxismo cultural. Essencialmente é um sistema anti-humano e anti-cristão.


Tereza Cristina (Agricultura)

Tereza Cristina (Agricultura)

Quilometragem política: Líder da bancada ruralista, a engenheira agrônoma é deputada federal pelo DEM-MS.

Poder de octanagem: 11,1 bilhões de reais

“Lojinha de inconveniências”: Concedeu incentivos fiscais ao enrolado grupo JBS enquanto era secretária de Desenvolvimento Agrário e Produção do Mato Grosso do Sul. Ela nega qualquer irregularidade.

Caixa de ferramentas: Responsável por políticas de estímulo à agropecuária e por normatizar os serviços do setor, além de fomentar o agronegócio no Brasil, como com o Plano Agrícola e Pecuário (Plano Safra).

Tem muitos índios que precisam aumentar suas terras para ter dignidade para viver, mas temos que achar um meio de não se judicializar. Há muita terra no Brasil. Precisamos de mais diálogo, menos ideologia e mais resultado

Em entrevista coletiva sobre a demarcação de terras indígenas

Luiz Henrique Mandetta (Saúde)

Luiz Henrique Mandetta (Saúde)

Quilometragem política: Médico ortopedista e deputado federal por dois mandatos pelo DEM-MS, foi secretário de Saúde de Campo Grande.

Poder de octanagem: R$ 129,8 bilhões

“Lojinha de inconveniências”: Investigado por tráfico de influência, suposta fraude de licitação e caixa dois em um contrato para informatizar o sistema de saúde de Campo Grande no período em que foi secretário. O futuro ministro nega a acusação.

Caixa de ferramentas: Hoje, o ministério cuida do Sistema Único de Saúde, do Mais Médicos, a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Farmácia Popular.

Me pareceu muito mais um convênio entre Cuba e o PT, e não entre Cuba e o Brasil, porque não houve uma tratativa bilateral, mas sim uma ruptura unilateral

Afirmou sobre a saída de Cuba do Programa Mais Médicos, em entrevista coletiva

Ricardo Veléz Rodriguez (Educação)

Ricardo Vélez Rodrígues (Educação)

Quilometragem política: Professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, o colombiano foi indicado com apoio da bancada evangélica e de Olavo de Carvalho. 

Poder de octanagem: R$ 121,9 bilhões

Caixa de ferramentas: Além de cuidar da política nacional de educação, a pasta é responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Programa Universidade Para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).

Quem define gênero é a natureza, então a discussão da educação de gênero me parece um pouco abstrata

Afirmou, na primeira coletiva de imprensa após ser anunciado ministro

Se o presidente se interessar [a ver a prova do Enem antes de ser aplicada], ninguém vai impedir. Ótimo que o presidente se interesse pela qualidade das provas

Disse sobre Bolsonaro ver a prova do Enem com antecedência, em coletiva

Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia)

Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia)

Quilometragem política:  Engenheiro aeronáutico pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o tenente-coronel foi o primeiro brasileiro a ir ao espaço. Disputou sua primeira eleição em 2014, para deputado federal, mas foi derrotado. Este ano, foi eleito suplente do futuro senador Major Olímpio.

Poder de octanagem: R$ 15,3 bilhões

“Lojinha de inconveniências”: Foi investigado pelo Ministério Público Militar por infração ao Código Militar por supostamente ser sócio de uma empresa — o que é vedado. Ele negou qualquer irregularidade.

Caixa de ferramentas: Responsável por definir a Política Nacional de Ciência e Tecnologia e, também, desenvolver pesquisas na área e a aplicação e produção de novos materiais e serviços de alta tecnologia.

A escola que vocês querem para os seus filhos é uma escola que dê alguma coisa de útil para vida deles. Que não seja cheio de porcaria voltada ou pra ideologia ou pra alguma coisa com sexo fora da idade

Em ato político no interior de São Paulo durante a campanha

General Fernando Azevedo e Silva (Defesa)

General Fernando Azevedo e Silva (Defesa)

Quilometragem política: Foi chefe do Estado-Maior do Exército e, ao passar para a reserva, tornou-se assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Chefiou a Autoridade Pública Olímpica no governo de Dilma Rousseff e foi ajudante de ordens do ex-presidente Collor. No governo Lula, foi assessor parlamentar do Exército no Congresso.

Poder de octanagem: R$ 107 bilhões

Caixa de ferramentas: O ministério tem sob seu comando as Forças Armadas brasileiras (Exército, Marinha e Aeronáutica).

Um país que quer ser grande e reconhecido tem que ter umas forças armadas adequadas, condizentes e fortes […] O orçamento está aquém das necessidades

Já como indicado ao ministério, em entrevista à rádio CBN

Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura)

Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura)

Quilometragem política: Engenheiro civil pelo Instituto Militar de Engenharia e formado em Ciências Militares pela Aman, foi diretor-executivo e diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) durante governo de Dilma Rousseff (PT) e coordenou o Programa de Parceira de Investimento (PPI) de Temer.

Poder de octanagem: R$ 19,6 bilhões

Caixa de ferramentas: A nova pasta absorverá as funções do atual Ministério dos Transportes, com atribuições sobre aviação, portos e transporte terrestre, e é responsável pela Infraero Aeroportos, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Indicador da qualidade das rodovias federais (ICM) e o Fundo da Marinha Mercante (FMM).

ICM, o indicador de qualidade das rodovias federais

“Os auditores do TCU não são os ‘papas’ do universo. Tem muito absurdo nesse relatório, que faz insinuações e não apresenta evidências”

Ao reagir à avaliação de auditores sobre a minuta do edital de uma rodovia, em fevereiro de 2018

Almirante Bento Costa Lima (Minas e Energia)

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Quilometragem política: Diretor-geral de desenvolvimento nuclear e tecnológico da Marinha. Está à frente do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) e já atuou como assessor parlamentar do gabinete do Ministro da Marinha no Congresso Nacional

Poder de octanagem: R$ 9,9 bilhões

Caixa de ferramentas: Estão vinculadas ao ministério a Petrobras e a Eletrobras. A pasta também é responsável pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Agência Nacional de Mineração (ANM).


Marcelo Álvaro Antônio (Turismo)

Marcelo Álvaro Antônio (Turismo)

Quilometragem política: Presidente do PSL em Minas Gerais, já foi vereador em Belo Horizonte e o deputado federal mais votado do estado, com 230 mil votos.

Poder de octanagem: R$ 559,2 milhões

Caixa de ferramentas: Responsável pela criação de políticas públicas para o setor, o ministério cuida do Programa Nacional de Desenvolvimento e Estruturação do Turismo (Prodetur), o Cadastur – sistema de cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor de turismo -, e da criação de campanhas para estimular o turismo como a Amazônia Legal.

Sou a favor que o cidadão do bem possa, sim, ter o posse de armas. É direito do cidadão de bem, por exemplo, ter uma arma dentro de casa para defender sua família

Em entrevista ao Estado de Minas

Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional)

Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional)

Quilometragem política: É o atual secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional e é servidor de carreira do Ministério do Planejamento. Formado em Engenharia da Computação (Unicamp) e Direito (UniCeub).

Poder de octanagem: R$ 12,7 bilhões, levando em conta as previsões orçamentárias para os ministérios das Cidades e da Integração Nacional, que serão fundidos na nova pasta.

Caixa de ferramentas: No governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, será criado o Ministério do Desenvolvimento Regional, uma fusão do Ministério da Integração Nacional com a pasta das Cidades, que hoje cuidam dos Fundos Regionais e Incentivos Fiscais, da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e do Departamento Nacional do Trânsito (Denatram).


Osmar Terra (Cidadania)

Osmar Terra (Cidadania)

Quilometragem política: Médico, é filiado ao MDB desde 1986 e foi ministro do Desenvolvimento Social e Agrário no governo Temer até abril deste ano. Está no quinto mandato como deputado federal pelo RS. Também foi secretário estadual de Saúde e prefeito de Santa Rosa (RS).

Poder de octanagem: R$ 503 bilhões, levando em conta os orçamentos previstos para os ministérios da Cultura, do Esporte e do Desenvolvimento Social, que serão fundidos na nova pasta.

Caixa de ferramentas: Ficará sob responsabilidade da pasta o programa Bolsa Família e administrar iniciativas culturais como a Lei Rouanet. Também vai dividir as funções da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) com o Ministério da Justiça.

Qual o futuro melhor que a Funai oferece aos índios brasileiros, a não ser mantê-los na pré-história humana?!

Em sua conta no Twitter, ao questionar o papel do órgão de proteção dos povos indígenas

Não podemos legalizar. Mais drogas circulando livremente significa mais gente doente. A legalização não acabará com o tráfico e com a violência

Em sua conta no Facebook, sobre a legalização das drogas

Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência)

Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral)

Quilometragem política: O advogado foi o principal coordenador de campanha de Bolsonaro e presidiu o PSL até a eleição do capitão.

Caixa de ferramentas: A Secretaria-Geral da Presidência da República, que obteve status de ministérios apenas no ano de 2015, é responsável por assistir ao Presidente da República no desempenho de suas atribuições.

Todos nós sabemos que as urnas eletrônicos, o nosso sistema eleitoral, não nos confere o nível de segurança e de certeza que nós gostaríamos de ter, o que pode comprometer a democracia brasileira

Fazendo eco, antes das eleições, às críticas de seu líder à urna eletrônica

General Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional)

General Augusto Heleno (GSI)

Quilometragem política: Formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), já foi comandante militar da Amazônia. Filiado ao PRP, chegou a ser cotado para a vaga de vice de Bolsonaro e é aliado de primeira hora do presidente eleito.

Caixa de ferramentas: A pasta do general é responsável por assessorar o presidente da República em assuntos militares e de segurança.

“Os programas vão ser feitos mesmo ali, nos dois meses entre o resultado da eleição e a posse, em janeiro”

ao ser cobrado sobre o programa de governo de seu candidato durante a eleição

General Santos Cruz (Secretaria de Governo)

General Santos Cruz (Governo)

Quilometragem política: Aspirante a oficial de Infantaria pela Aman e engenheiro civil pela PUC-Campinas. Após ser comandante da 2ª Divisão de Exército, foi para a reserva e tornou-se assessor especial da Secretaria de Assuntos Estratégicos em 2012. Em 2013, foi convocado para comandar missão de paz na República Democrática do Congo.

Caixa de ferramentas: Atualmente, a Secretaria de Governo, secretaria ligada à Presidência da República com status de ministério, é responsável pelas relações institucionais ligadas à articulação política.

“A maneira como se formou a geografia do Rio, a desorganização urbana, com aquele acúmulo imenso de residências nas favelas, aquilo foi irresponsabilidade do Estado”

Ao comentara situação de violência no RJ, após o início da intervenção militar no estado, ao O Globo

Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União)

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Quilometragem política: Assumiu como ministro da Controladoria-Geral da União em maio de 2017, durante o governo de Michel Temer (MDB) e continuará no mesmo cargo no novo governo. Ele tem mestrado em combate à Corrupção e Estado de Direito pela Universidade de Salamanca e em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília.

Poder de octanagem: R$ 1 bilhão

Caixa de ferramentas: O atual Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) é responsável por estabelecer normas, procedimentos e mecanismos para prevenir conflito de interesses e cuida do Portal da Transparência, além de desenvolver acordos de leniência com as empresas.

Empresas envolvidas em casos de corrupção e que detectam esses casos por meio de programas prévios de integridade devem ter isenção total de sanção

Em entrevista ao Globo, sobre uma possível mudança na Lei Anticorrupção em vigor desde 2014

André Luiz de Almeida Mendonça (Advocacia-Geral da União)

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Quilometragem política: É o atual assessor especial do ministro Wagner Rosário (CGU) e é funcionário de carreira da Advocacia-Geral da União, que comandará a partir de 2019. Mendonça é formado em direito pela Faculdade de Direito de Bauru.

Poder de octanagem: R$ 3,8 bilhões

Caixa de ferramentas: Responsável pela representação jurídica da União perante o Poder Judiciário do Brasil e de outros países.

Tudo isso que aconteceu até aqui hoje só posso ver que foi Deus quem escreveu. Com certeza Deus orientará a função, dando sabedoria, paciência, entendimento e força nos momentos de tomada de decisões

Ao explicar sua nomeação à Folha de S.Paulo

Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos)

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(Arte/VEJA)

Quilometragem política: Advogada e pastora, Damares é assessora do senador Magno Malta (PR-ES), um dos principais aliados do presidente eleito durante a campanha.

Poder de octanagem: R$ 398 milhões (levando em conta o orçamento previsto para o atual Ministério dos Direitos Humanos).

Caixa de ferramentas: O atual Ministério dos Direitos Humanos é responsável por atuar nas seguintes áreas: igualdade racial, LGBT, pessoa idosa, crianças e adolescentes, políticas para mulheres e pessoas com deficiência, com programas como o Ligue 180 e o Disque 100, para denúncias de violência contra mulher e violações de direitos humanos. A futura ministra ficará também com a Funai, que antes era do Ministério da Justiça.

Se precisar, estarei nas ruas com as travestis. Se precisar, estarei na porta das escolas com as crianças que são discriminadas por sua orientação sexual.

Em sua primeira entrevista, ao ser anunciada para a pasta

Nenhum homem vai ganhar mais que mulher nesta nação desenvolvendo a mesma função. Isso já é lei e o Ministério Público está aí para fiscalizar. Se depender de mim, vou para a porta da empresa que o funcionário homem, desenvolvendo papel igual ao da mulher, está ganhando mais. Acabou isso no Brasil.

Ao falar sobre desigualdade salarial no Brasil, em entrevista após o anúncio oficial

Ricardo Salles (Meio Ambiente)

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(Arte/VEJA)

Quilometragem política: Advogado e administrador, foi secretário do Meio Ambiente de São Paulo, em 2016, durante governo de Geraldo Alckmin. Fundador do Movimento Endireita Brasil, candidatou-se em 2018 a deputado federal pelo Novo, mas não se elegeu.

Poder de octanagem: R$ 3,7 bilhões

“Lojinha de inconveniências”: Acusado pelo Ministério Público de São Paulo de modificar mapas de zoneamento do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) da Várzea do Rio Tietê para beneficiar empresas. Salles afirma ter agido corretamente ao ter adotado medidas necessárias no plano de manejo da APA.

Caixa de ferramentas: O Ministério do Meio Ambiente cuida, atualmente, de políticas nacionais para o meio ambiente e recursos hídricos, além de programas ambientais para a Amazônia Legal, e é responsável pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A discussão se há ou não há aquecimento global é secundária

Em entrevista à Folha ao ser questionado sobre o aquecimento global
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