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Temer e Aécio ‘estão provando do veneno que produziram’, diz Lula

Ex-presidente afirma que PMDB e PSDB plantaram ódio e intolerância no país, mas defendeu que acusações contra eles sejam acompanhadas de apuração e provas

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h55 - Publicado em 5 jul 2017, 15h48

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira, em entrevista à rádio Arapuan, da Paraíba, que o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves  (PSDB), além de seus partidos, estão “provando do veneno” ao terem de se defender de acusações de corrupção que estão enfrentando.

“O PMDB, o Temer, o Aécio, o PSDB estão provando do veneno que produziram neste país. Estão colhendo tempestade porque plantaram vento, plantaram o ódio e estão colhendo isso”, afirmou. “Esse país está num clima de ódio, de intolerância, porque eles criaram isto.” Tanto Temer, que era vice-presidente, quanto Aécio, candidato derrotado em 2014 e um dos principais líderes da então oposição, articularam para que a presidente Dilma Rousseff (PT) fosse retirada do poder.

Ele ressaltou, no entanto, que Temer tenha o direito de se defender e que as acusações contra ele devem ser embasadas em provas.  “A lei vale para todos, para o mais humilde e para a figura mais importante do país. Entretanto, é preciso que as pessoas que fazem as acusações tenham provas materiais. Você não pode, só por conta de delação, culpar as pessoas, porque têm muito delator mentindo”, declarou.

O PMDB, o Temer, o Aécio, o PSDB estão provando do veneno que produziram neste país. Estão colhendo tempestade porque plantaram vento, plantaram o ódio e estão colhendo isso. Esse país está num clima de ódio, de intolerância, porque eles criaram isto

Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República

“Se tem uma acusação contra o Temer tem que ser investigada. Se ele for investigado, tem que ser julgado e, se for culpado, condenado. A regra é essa para mim, para ele, para você e para qualquer pessoa desse país”, afirmou. Não podemos viver em um país onde o denuncismo acontece todo dia. Eu quero provas”, disse. Para ele, o Ministério Público Federal está numa encruzilhada porque não consegue transformar as delações em provas. “O MPF se comprometeu com mentiras e agora eles não têm o que entregar”, disse.

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Sobre a popularidade do governo Temer, Lula fez um comentário irônico. “As pesquisas demonstram que ele [Temer] é uma margem de erro. Um cara que tem 3% [de intenções de voto] não tem nada”, disse.

Eleições

Sobre a eleição presidencial de 2018, Lula disse que gostaria de construir uma aliança com legendas de esquerda que já foram seus aliados em outras disputas – ele citou o PSB, o PDT e o PCdoB – e “personalidades dignas que existem em outros partidos também”. “Mas tem de ser uma aliança programática. A construção de aliança política será feita com base em um programa para recuperar a economia deste país”, disse. Para ele, a coligação terá de levar em conta as questões regionais das legendas, porque o PT “é o único partido nacional do Brasil, com decisões de caráter nacional”. “Os outros são partidos regionais.”

As pesquisas demonstram que ele [Temer] é uma margem de erro. Um cara que tem 3% [de intenções de voto] não tem nada

Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República
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Para ele, no entanto, dificilmente o PT conseguirá repetir na próxima eleição presidencial uma aliança como a de 2010, quando Dilma teve no primeiro turno o apoio de dez partidos (PT, PMDB, PDT, PCdoB, PSB, PR, PRB, PSC, PTC e PTN). “É muito difícil hoje imaginar que você possa fazer a aliança política que foi feita em 2010, mas é muito complicado também imaginar que um partido sozinho tem força para ganhar as eleições”, afirmou.

Veja a entrevista na íntegra, postada no Facebook de Lula:

 

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