Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Senado rejeita nova lei dos partidos, mas garante fundão

Projeto provocou forte reação de entidades da sociedade civil, que percorreram gabinetes e fizeram ato no plenário

Por Roberta Paduan Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 set 2019, 19h01 - Publicado em 17 set 2019, 18h00

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou nesta terça-feira, 17, que a Casa rejeitará, na íntegra, o projeto de lei que propõe a flexibilização das regras eleitorais e partidárias. O projeto havia sido incluído pelo próprio Alcolumbre como o primeiro item da pauta de votação de hoje no plenário do Senado, mas provocou forte reação de um grupo de parlamentares e de entidades da sociedade civil, que percorreram os gabinetes dos senadores durante toda a manhã e início da tarde.

Logo após o anúncio, Alcolumbre convocou uma sessão extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que tratará ainda nesta terça de um único item do projeto: o que define o fundo eleitoral, o chamado “fundão”, usado pelos partidos em ano de eleições. O senador, no entanto, afirmou que não haverá discussão sobre o aumento do fundo na CCJ. “O valor do financiamento de campanha será mantido e as demais regras serão rejeitadas”, escreveu o presidente do Senado pelo Twitter.

O projeto, aprovado na Câmara dos Deputados a toque de caixa em 4 de setembro, é considerado um retrocesso em termos de transparência das atividades partidárias e eleitorais. Um dos itens mais criticados da proposta é o que elimina a padronização das prestações de contas dos partidos, adotada pela Justiça Eleitoral em 2017. Ou seja, o sistema eletrônico de prestação de contas, utilizado pela primeira vez nas eleições de 2018, seria aposentado.

Continua após a publicidade

Outro ponto criticado era a permissão para que advogados e contadores que prestam serviços para filiados sejam pagos com verba partidária. O projeto retirava do limite de gastos das campanhas eleitorais esses pagamentos. Um grupo formado por entidades que defendem a transparência partidária emitiu uma nota técnica avaliando que o dispositivo abre margem para práticas de caixa dois e lavagem de dinheiro.

“A rejeição pelo Senado foi uma enorme vitória da sociedade, porque esse projeto representava o assassinato da accountability (prestação de contas) dos partidos”, afirma o promotor Roberto Livianu, presidente do Instituto Não Aceito Corrupção.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.