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‘Salta aos olhos a inocência de Lula’, diz defesa sobre delação

Defesa do ex-presidente publicou texto na internet afirmando que os depoimentos estão "contaminados" e trazem acusações "frivolas" contra o petista

Por Da redação
Atualizado em 12 abr 2017, 21h54 - Publicado em 12 abr 2017, 21h10

Diante das recorrentes citações ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas delações de executivos da Odebrecht, que foram divulgadas neste quarta-feira, a defesa do petista reagiu, afirmando que as acusações são “frívolas” e estão “contaminadas” por “falta de materialidade”. Mais do que isso, os advogados escreveram que o teor dos depoimentos “reforça a inocência do ex-presidente”.

A chamada delação do fim do mundo, que fundamentou a abertura de 76 inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e o envio de 201 citações a instâncias inferiores, corroborou a versão dos investigadores sobre o envolvimento de Lula em esquemas de corrupção montados na Petrobras e em outras estatais do país. Segundo os delatores da empreiteira, houve acertos com ele para realizar as reformas no sítio de Atibaia, financiamento de campanha de políticos do PT via caixa dois, favores prestados ao seu filho, mesada paga ao seu irmão, entre outros episódios.

Para a defesa de Lula, no entanto, há apenas “falas, suposições e ilações — nenhuma prova”. “São referências ao nome de Lula em situações que, além de não serem reais, não configuram crime”, disse o advogado Cristiano Zanin Martins, em um vídeo gravado em Roma, na frente do Coliseu. Zanin participou nos últimos dias de um painel no Parlamento na cidade italiana, onde fez críticas à Lava Jato.

“Depois de 24 audiências em Curitiba e a oitiva de 73 testemunhas apenas em um dos processos, salta aos olhos a inocência de Lula. Ao final dessa nova onda, o que sobrará é o mesmo desfecho melancólico vivido pelo senador cassado Delcídio do Amaral: caíram por terra suas teses”, afirmou Zanin, em texto publicado na internet.

O ex-presidente ainda não se pronunciou publicamente sobre as denúncias, mas apareceu nesta quarta-feira — no mesmo dia em que veio à tona a lista de Fachin — na propaganda do PT exibida em rede nacional. Sem fazer comentários sobre as investigações, ele falou sobre a formação da sigla na década de 80. “O partido foi criado para que a política do nosso país deixasse de ser feita só para atender aos interesses de uma minoria privilegiada”.

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