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Reforma da Previdência interessa a servidores públicos, diz Bolsonaro

Em Goiás, presidente afirma que faltará dinheiro para pagar salários do funcionalismo caso as mudanças nas aposentadorias não sejam aprovadas

Por Agência Brasil
Atualizado em 5 jun 2019, 19h37 - Publicado em 5 jun 2019, 19h34

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 5, em Aragarças (GO), que a reforma da Previdência em tramitação no Congresso é de interesse dos servidores públicos – porque, em sua visão, caso as mudanças no sistema de aposentadorias não sejam aprovadas, vai faltar dinheiro para pagar seus salários.

“A reforma interessa a todo o Brasil, até para o servidor, porque se não reformar vai faltar dinheiro para pagar o servidor lá na frente. É uma maneira que nós temos de mostrar para o mundo lá fora, e para os investidores aqui dentro, que estamos fazendo o dever de casa”, disse o presidente, após participar do ato de lançamento do projeto Juntos pelo Araguaia.

Bolsonaro ressaltou que o país pode receber mais investimentos e equilibrar as contas públicas se a reforma da Previdência for aprovada. “O Brasil não pode continuar gastando mais do que arrecada. Acreditamos nós que, com a reforma aprovada, basicamente como foi apresentada, investimentos virão e nós podemos decolar na economia aqui no Brasil”, acrescentou.

Em discurso durante o ato, o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), fez um apelo para que os parlamentares não excluam os servidores públicos estaduais e municipais da reforma. “[Quero] dizer aos nossos deputados e senadores aqui presentes, gente, pelo amor de Deus, não deixem os estados e municípios fora dessa reforma. Senão, daqui a poucos anos nós vamos estar trabalhando única e exclusivamente para pagar os nossos aposentados”, disse o governador.

Mudanças na CNH

Na viagem a Goiás, Bolsonaro voltou a defender o projeto de lei que o governo apresentou nesta terça-feira, 4, para fazer mudanças no Código Brasileiro de Trânsito. Segundo ele, “todo mundo concorda” com a ampliação na validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), uma das alterações no texto. Ele também criticou o excesso de aplicação de multas, ao argumentar a favor da proposta de ampliar de 20 para 40 a pontuação máxima que condutores podem ter para terem o documento suspenso.

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“O mais importante, passar de cinco para dez anos a validade da carteira de motorista, todo mundo concorda com isso. [Sobre] aumentar a pontuação, não é possível, facilmente se consegue três multas porque hoje em dia tem pardais escondidos em tudo quanto é lugar, além dos [pardais] móveis. O motorista de ônibus, táxi e caminhão, não perde a carteira [CNH]. Perde, na verdade, sua carteira de trabalho”, afirmou.

Questionado sobre o fim das multas aplicadas a motoristas que circulam com crianças menores de 7 anos fora do assento especial, o presidente disse que “todo mundo que é pai e mãe é responsável. Continua valendo a infração para a pontuação [na carteira]. Apenas tirei o dinheiro”. Para Bolsonaro, as multas são “um negócio direcionado para tirar o dinheiro do povo”.

A obrigatoriedade do uso da cadeirinha está prevista em lei e em uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), e prevê multa de 293,47 reais, além de ser considerada infração gravíssima, com perda de sete pontos na carteira.

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