Quaquá mostra força nas eleições do PT e aproxima de vez partido de Paes
Grupo do prefeito de Maricá levou a melhor nos principais diretórios fluminenses e votou em peso no congresso da sigla, no último domingo
Reeleito oficialmente vice-presidente do PT Nacional, o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, saiu maior do que entrou nas eleições internas do partido, realizadas ao longo do último mês. No Rio, conseguiu emplacar seu filho, Diego Zeidan, como presidente do diretório estadual, além de ter conquistado, por meio de aliados, vitórias em quatro dos cinco maiores diretórios municipais, o que inclui a capital. Em Brasília, deu importante contribuição para a eleição de Edinho Silva, novo presidente da sigla. E, agora, prepara a legenda para embarcar de vez no projeto do prefeito Eduardo Paes (PSD) para 2026.
Em seu terceiro mandato à frente da cidade do Leste Metropolitano no Rio, Quaquá mostrou que conseguiu expandir sua influência política para outras regiões significativas no estado. Dos cinco maiores diretórios fluminenses, a chapa apoiada por ele só perdeu em Niterói. Venceu em municípios populosos, como São Gonçalo e Nova Iguaçu, além do seu reduto, Maricá, e da capital, com a vitória de seu aliado, Alberes Lima.
No diretório estadual, deu recado especialmente simbólico, já que Diego Zeidan venceu com pouco mais de 39 mil votos válidos o deputado federal Reimont — apoiado por nomes como os parlamentares Lindbergh e Benedita da Silva, além do secretário especial para Assuntos Federativos, André Ceciliano. Das 74 sedes municipais da sigla no Rio, 43 deram a vitória para Diego, ante 30 que preferiram Reimont, além de um empate contabilizado em Mangaratiba, na Costa Verde. E, das 60 cadeiras do PT fluminense, 44 foram para aliados de Quaquá.
O crescimento político também ficou evidente em nível nacional. Pela primeira vez na história, o Rio teve mais petistas aptos para votar (68 mil eleitores) que o tradicional diretório de São Paulo (com 60 mil pessoas) no Processo de Eleições Diretas (PED) do PT. Dentre os 64 mil fluminenses que efetivamente votaram, a maioria, 42 mil, escolheu Edinho Silva, também apoiado por Quaquá.
Rumo ao pragmatismo
Diante desses resultados, a consequência para os próximos anos deve ser um PT no Rio mais aberto ao diálogo e ainda mais próximo do prefeito Eduardo Paes. A ideia é compor com destaque a chapa do alcaide, que deve ser candidato a governador no ano que vem.
Para isso, contudo, a ordem é alinhar de maneira definitiva a bancada de vereadores petistas na capital carioca à base da gestão municipal. E, com isso, evitar ruídos — como no episódio em que parte dos parlamentares do partido votaram contra o avanço do projeto que buscava armar a Guarda Municipal na cidade, o que motivou reclamações públicas de Paes.
“Vamos pleitear a vice de Paes em 2026 para Fabiano Horta (PT). Se não der, a ideia é que ele concorra ao Senado nessa chapa. Mas, para isso, temos que entender que é importante unificar nossa bancada na Câmara junto à base do prefeito do Rio. E trabalhar para que nossos vereadores tenham mais espaço para sua atuação”, projeta Quaquá.







